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Micro, pequenas e médias empresas pedem mais de 5 mil milhões a fundo perdido

20 abr, 2020 - 19:24 • Maria João Costa com Lusa

Depois de reunir com Marcelo, a Confederação que representa as microempresas pede 5.500 milhões de euros a fundo perdido para salvar o setor da “situação calamitosa” devido à Covid-19.

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Se não nos chegar rapidamente um fundo de tesouraria, é como se faltasse o ventilador às empresas”. Quem o diz é o presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) que esta segunda-feira foi recebido, em Belém, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Jorge Pisco fez as contas, são precisos 5.500 milhões de euros, a fundo perdido.

As microempresas estão em “situação calamitosa” devido à covid-19, classifica Pisco que à saída da audiência com Marcelo, disse aos jornalistas que o chefe de Estado foi “muito sensível” às preocupações e propostas da Confederação, relacionadas com a crise causada pela pandemia covid-19.

Entre as propostas, já enviadas ao Governo, Jorge Pisco referiu a “criação de um fundo de tesouraria a fundo perdido apoiado pelo Orçamento de Estado para as microempresas” no valor de “5.500 milhões de euros”.

Nas palavras do representante das Micro, Pequenas e Médias Empresas, a verba a fundo perdido “é fundamental” para uma área onde estão cerca de 1,2 milhões de empresas. “Exigimos medidas urgentes que se coadunem com o momento presente”, sublinhou Jorge Pisco, acrescentando que, com as medidas atuais, “as empresas não vão conseguir voltar a abrir”.

O dirigente da confederação considera que as medidas aprovadas até agora, como as linhas de crédito ou o ‘lay-off’ simplificado, “não estão a chegar às micro e pequenas empresas, nem à maioria dos sócios-gerentes”.

O presidente da CPPME deixou uma pergunta: “Adiou-se o pagamento dos impostos, os trabalhadores em ‘lay-off’ não se podem despedir, não se fatura, não há dinheiro a entrar, como é que se vai manter as empresas em funcionamento?”

A confederação denuncia que a Segurança Social só esta segunda-feira disponibilizou impressos para os sócios gerentes pedirem apoios ao Estado.

Jorge Pisco lamenta que um formulário, que devia estar disponível há uma semana, só agora possa ser utilizado atirando os apoios para maio.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, dados da Direção-Geral de Saúde, indicam que morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas.

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