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"Lay-off" da Global Media abrange 538 trabalhadores do grupo

20 abr, 2020 - 17:43 • Lusa

A administração da Global Media afirma que o "lay-off" aplicado à empresa afeta todos, "da base até ao topo do grupo", e "permite defender" a sua sustentabilidade e os "seus quase 700 postos de trabalho diretos".

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O "lay-off" da Global Media, grupo que detém títulos como Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) e a rádio TSF, entre outros, vai abranger 538 trabalhadores, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte ligada ao processo.

A administração da Global Media afirma, em comunicado interno a que Lusa teve acesso, que o "lay-off" aplicado à empresa afeta todos, "da base até ao topo do grupo", e "permite defender" a sua sustentabilidade e os "seus quase 700 postos de trabalho diretos".

Excluindo o grupo TSF (Rádio Notícias), o "lay-off" abrange 438 pessoas, sendo 354 com uma diminuição média de 26,1% do horário de trabalho e 84 com suspensão do contrato, de acordo com a fonte.

Para o grupo da rádio, num universo total de 100 abrangidos, 96 trabalhadores ficam com uma redução média de 24,4% do horário laboral e quatro com suspensão do contrato, segundo a mesma fonte.

Os restantes trabalhadores, do universo de 700, pertencem a outras empresas do grupo que não foram afetadas pelas medidas, de acordo com fonte ligada ao processo.

No comunicado interno, enviado esta tarde, a administração refere que a pandemia da covid-19 está "a afetar de forma decisiva toda a cadeia de valor do mercado dos media, imediatamente visível na drástica redução das receitas, provocada por uma massiva redução do investimento publicitário e por uma violenta quebra das vendas de jornais e revistas, face ao confinamento generalizado da população".

Estas dificuldades, "a que acresce a tardia concretização das anunciadas medidas de apoio do Estado ao setor, e cujo critério de repartição ainda nem sequer foi concertado com os parceiros da indústria, comprometem o natural desenvolvimento da nossa atividade comercial, provocando um conjunto de dificuldades financeiras e de tesouraria", prossegue o Global Media Group (GMG).

"Neste contexto, o Global Media Group decidiu acionar os mecanismos legais do chamado 'lay-off', devidamente ajustado a cada empresa, marca e área de produção ou serviços, com diferentes níveis de redução de horários, mas afetando todos, mas mesmo todos – da base até ao topo do grupo", salienta.

"Apesar de dura e difícil, trata-se da medida de apoio imediato e de caráter parcial, extraordinário, temporário e transitório que melhor permite defender a sustentabilidade das nossas empresas, os seus quase 700 postos de trabalho diretos e, muito especialmente, a continuidade da relação de confiança dos leitores e ouvintes com as nossas marcas de informação – com independência, rigor e pluralismo, as pedras basilares que norteiam este grupo", lê-se no comunicado.

O grupo Global Media detém também os jornais O Jogo e o Açoriano Oriental, e o Dinheiro Vivo, entre outras empresas.

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