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​Covid-19: CDS critica cerimónia do 25 de Abril no Parlamento

16 abr, 2020 - 17:45 • Lusa

Ferro Rodrigues responde que a decisão foi tomada por maioria.

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O deputado do CDS João Almeida criticou esta quinta-feira a celebração do 25 de Abril no parlamento, pedindo às instituições que não deem “sinais errados”, tendo o presidente do parlamento respondido que a sessão solene foi decidida pela maioria.

No debate parlamentar sobre a renovação do estado de emergência decretado devido à pandemia de covid-19, o deputado do CDS-PP pediu que haja “coerência no discurso das entidades públicas”.

“Não se pode proibir a celebração da Páscoa, mantendo a celebração do 25 de Abril, que desrespeita no parlamento tudo aquilo que são as normas que as entidades públicas recomendam”, criticou, acrescentando: “é fundamental que estejamos à altura do momento e que não demos sinais errados para não comprometer o sucesso que todos queremos atingir”.

No final da intervenção de João Almeida, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, interveio para salientar que “uma das coisas que o 25 de Abril trouxe foi a vontade da democracia e da maioria”.

“Há uma grade maioria neste parlamento que quer celebrar o 25 de Abril, e vamos celebrar o 25 de Abril neste parlamento”, garantiu.

O deputado do CDS quis ainda contrapor a Ferro Rodrigues que outras das coisas que a revolução permitiu, “e é muito importante, é a liberdade de expressão”.

“E a liberdade de expressão tem neste parlamento um lugar maior do que em qualquer outro sítio”, considerou, apontando que, “havendo alguém que discorde, tem tanto direito de fazer ouvir a sua opinião como aquele que concorram com essa maioria”.

“No momento exato, que foi ontem”, retorquiu Ferro Rodrigues, referindo-se à conferência de líderes em que foi decidida a realização da sessão solene e os moldes em que tal acontecerá.

Assim, foi decidido que a Assembleia da República realizará a sessão com um terço dos deputados nas bancadas e "alguns convidados" nas galerias.

Comentários
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  • lopes
    19 abr, 2020 bolho 18:27
    vergonha, e uma vergonha. orgulham-se de portugal ser um exemplo na luta com o covid as depois quando chega a hora de eles darem o exemplo, e o que se ve. o 25 de abril, comemora-se todos os anos, se nao se comemorar este ano, comemora-se para o ano. num funeral de um ente querido, so podem estar 10 pessoas na despedida mas numa "festa desnecessaria" ja se podem juntar 130... tenham vergonha. e depois ainda tentam tapar os olhos das pessoas com os feriados religiosos.....vergonha (coisa que o sr. presidente da assembleia da republica nao tem)
  • 16 abr, 2020 Palmela 19:14
    A sic" devia ter vergonha de meter a clara de sousa a pedir dinheiro ao estado para a sic " e para o grupo cofina! A cofina ainda esta a dever dinheiro a tvi" negocios sao negocios!
  • 16 abr, 2020 19:09
    Quando presidente da assembleia da republica "tem uma filha e um genro a trabalhar na televisao! E natural que queira um 25 de abril a vontade dele!
  • Americo
    16 abr, 2020 Leiria 18:21
    Independentemente da data, isto é uma vergonha e uma falta de respeito perante aquilo que nos estão a impor e bem, penso eu. A pandemia não tem ideologia.

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