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Covid-19

Pode a pandemia afetar o combate a incêndios? Governo pensa que não

16 abr, 2020 - 13:11 • Celso Paiva Sol , Marta Grosso

Secretária de Estado da Administração Interna foi ouvida no Parlamento, onde afirmou que o plano de combate será conhecido no final do mês.

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O Governo admite que é ainda cedo para dizer se a atual situação de combate à Covid-19 vai condicionar o combate aos incêndios florestais deste ano, mas antevê que não.

“Há a perfeita consciência de que nós hoje não conseguimos dizer com segurança como é que o país vai estar em julho ou em agosto e isto é um dado muito importante”, começou por afirmar a secretária de Estado da Administração Interna no Parlamento, nesta quinta-feira.

“Temos as principais forças que contribuem para esta matéria operativas”, ou seja, “os elementos que têm estado em confinamento ou afetados e alguns deles que já regressaram ao serviço não têm afetado a operacionalidade destas forças e, se tudo se mantiver neste padrão, não se estima nesta fase que possa vir a haver uma afetação expressiva da nossa capacidade em termos de prevenção e em termos de combate”, afirmou Patrícia Gaspar.

A secretária de Estado foi chamada à Assembleia da República a pedido do PAN, precisamente para explicar até que ponto o atual estado de emergência está a afetar os planos de prevenção e combate aos fogos.

Apesar da concentração de meios no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus, Patrícia Gaspar garante que o dossier “incêndios” não foi abandonado. Admite que algumas medidas terão que ser adiadas – e há prazos, como o da limpeza dos terrenos, que foram prolongados – mas nada disso põe em causa os planos para este ano.

Com o que podemos contar este ano?

O Plano de Combate aos Incêndios Florestais deste ano será conhecido no final do mês. A reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil, que vai analisar e aprovar a Diretiva Nacional 2020, está marcada para dia 28 de abril.

No Parlamento, a secretária de Estado da Administração Interna avançou que está quase tudo pronto, sendo que “os meios disponíveis este ano não são diferentes dos meios que tínhamos no ano passado”.

“Temos até um aumento de cerca de 500 operacionais face aos números de 2019, portanto, estamos a falar de 11.827 operacionais apoiados por 2.664 meios terrestres e ainda 60 meios aéreos que integram o dispositivo deste ano”, anunciou.

Patrícia Gaspar anunciou ainda que, este ano, pela primeira vez, haverá uma diretiva específica para a Vigilância, que ficará a cargo da GNR.

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