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Primeiro grupo de migrantes menores já foi transportado da Grécia para o Luxemburgo

15 abr, 2020 - 22:17 • Reuters

No primeiro grupo viajaram 12 menores não acompanhados, entre os 11 e os 15 anos. Mais importante que o número é o exemplo, diz Atenas, que ao todo quer enviar cerca de 1.600.

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A Grécia transferiu esta quarta-feira o primeiro grupo de migrantes menores, e não acompanhados, de um campo de refugiados sobrelotado. Os doze jovens são os primeiros de um grupo de mais de mil que vão ser transferidos, e rumaram para o Luxemburgo

Um segundo grupo de 50 crianças deve ser transportado de Atenas para a Alemanha no sábado e prevê-se que outros 20 irão para a Suíça mais tarde. No total a Grécia espera conseguir transferir cerca de 1.600 jovens não acompanhados.

As crianças mais velhas deste primeiro grupo têm 15 anos e a mais nova tem 11. Do total, 10 são afegãs e dois sírios.

Pelo menos 5.200 crianças, sobretudo da Síria, Afeganistão, Iraque e de vários países africanos, vivem em campos de refugiados na Grécia, na maioria em ilhas do Mar Egeu e em condições difíceis. Os campos estão sobrelotados e há falta de segurança, sobretudo para mulheres e menores desacompanhados.

O ministro adjunto da migração, Giorgos Koumoutsakos, disse que mais importante que o pequeno número de crianças no primeiro grupo é a mensagem que passa e o exemplo dado pelo Luxemburgo. A Grécia queixa-se de que está a assumir um fardo desproporcional com a questão dos refugiados, a que se soma agora o problema do coronavírus.

“A Grécia enfrenta uma crise dentro de uma crise; a migração e a pandemia, juntos”, disse Koumoutsakos em declarações à televisão estatal grega. “Esta combinação torna uma situação difícil ainda mais complexa”.

A Grécia tem resistido relativamente bem ao coronavírus, tendo registado apenas 101 mortes, com 2,170 casos confirmados, mas o país estava ainda a recuperar de uma grave crise económica e espera-se que as sequelas da pandemia sejam muito duras para os gregos.

A medida da Grécia e do Luxemburgo foi saudada pela Organização Mundial da Migração mas a Human Rights Watch continua a apelar a Atenas para libertar todos os menores, considerando que a sua manutenção nas condições em que estão aumenta os riscos de contraírem Covid-19.

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