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Secretário de Estado da Saúde

Não faltam testes de coronavírus, mas há "alguma dificuldade" nos reagentes de extração, diz Governo

08 abr, 2020 - 12:32 • Inês Braga Sampaio

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, admite que pode "alguma assimetria de uns locais para outros", na testagem, e justifica-as com a prioridade dada às zonas do país com maior concentração de lares de idosos.

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O secretário de Estado da Saúde garante que não há falta de testes para o novo coronavírus, em Portugal. O que pode haver é falta de reagentes de extração, que são fundamentais para a realização dos testes.

Na conferência de imprensa de atualização da situação da Covid-19, esta quarta-feira, António Lacerda Sales vincou que "há garantidamente um reforço da capacidade de testagem", ainda que possa haver "alguma assimetria de uns locais para outros".

"Estamos permanentemente alerta e atentos para poder afinar qualquer assimetria que possa haver relativamente a essa matéria. Temos uma capacidade de testagem de cerca de 11 mil testes. O dia em que mais testámos, cerca de 9.100, foi no dia 1 de abril. Não temos falta de testes nem de zaragatoas. Temos é alguma dificuldade nos reagentes de extração, que estamos a resolver, e de todos estes componentes que se fazem os testes. Estamos a resolver as dificuldades para conseguirmos testar ainda mais e com cada vez mais força", assegurou o governante.

Prioridades às zonas com mais lares


António Lacerda Sales referiu que a prioridade tem sido dada às regiões Centro e Norte, que têm maior concentração de lares, devido ao número elevado de idosos, faixa etária mais vulnerável, que albergam.

"Neste momento estão a ser realizadas centenas de testagens em utentes e profissionais em lares por todo o país. Portugal só vence esta provação com o empenho de todos. Somos todos necessários. Temos todos obrigação de estar à altura do que o país espera", realçou.

Sentada ao lado do secretário de Estado, a diretora-geral da Saúde foi questionada sobre os relatos de idosos que foram aconselhados, por hospitais, a regressar aos seus lares. Graça Freitas ressalvou que "há duas situações completamente diferentes" e explicou-as.

"Temos uma norma que diz que um idoso que entra pela primeira vez num lar, venha de onde vier, tem de ter duas condições: um teste negativo e quarentena de 14 dias. Diferente é um residente de um lar que sai para fazer tratamentos em hospital, está testado, está assintomático, só contacta com profissionais devidamente protegidos. Quando volta ao lar, não faz testes, mas fica em isolamento. Há normas que deviam estar a ser seguidas. Quaisquer exceções têm de ser analisadas. Mas há regras", assinalou a líder da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Portugal tem registo de 13.141 casos confirmados de contágio pelo novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, que já matou 380 pessoas, de acordo com a atualização desta quarta-feira da DGS.

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  • VITOR GOMES
    08 abr, 2020 PORTO 19:02
    Não faltam testes mas falta a capacidade humana em reconhecer que os tratamentos devem incidir na sua origem e que o paracetamol não resolve nada.É preciso ministrar os medicamentos da Austrália e dos EUA ou outros. DE que estão à espera!!!! É preciso chover para depois irem buscar o guarda chuva..... Enfim, que politica......

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