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João Gouveia

Médicos especialistas em cuidados intensivos podem não ser suficientes

08 abr, 2020 - 14:02 • Inês Braga Sampaio

O presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19 refere que a solução passa pela adaptação de especialistas de outras áreas.

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O presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19 (CARNMIC), João Gouveia, assumiu, esta quarta-feira, que poderão faltar médicos especializados em cuidados intensivos, para o número de equipamentos adquiridos.

Na conferência de imprensa de atualização da situação da Covid-19 em Portugal, João Gouveia sublinhou que "a resposta da medicina intensiva tem sido excelente", contudo, não escondeu que há carências. A solução passará pela adaptação de especialistas de outras áreas.

"Podemos chegar a um ponto em que não temos recursos humanos suficientes para os recursos materiais que estamos a instalar. À partida, existe uma carência de medicina intensiva a nível nacional. Segundo números de 2016/17, nós tínhamos 6,4 camas por 100 mil habitantes, menos de metade do que tinha a Itália. Hoje em dia, a situação é melhor. Temos mais de 260 médicos especialistas em medicina intensiva e temos condições de fazer formação a outros profissionais para, trabalhando sob a coordenação de especialistas em medicina intensiva, conseguirem tratar todos os doentes que consigamos colocar em ventilação invasiva", avançou o presidente da CARNMIC.

João Gouveia salientou que, para tal, é preciso haver "coordenação, funcionamento em rede e respeito pela hierarquia" definida.

"Portanto podemos não ter em número individual médicos intensivistas suficientes para poder tratar todos os doentes, mas está pensada toda uma estrutura que permite o seu tratamento adequado", concluiu.

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