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Coronavírus. Aveiro já recebeu os dois mil testes prometidos pelo secretário de Estado

07 abr, 2020 - 20:42 • Pedro Mesquita com redação e Lusa

À Renascença, o autarca, Ribau Esteves, faz as contas e diz que chegam para uma semana.

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O presidente da Câmara de Aveiro confirma que chegaram ao Centro Hospitalar do Baixo Vouga dois mil kits para testes à Covid-19.

Em declarações à Renascença esta terça-feira, Ribau Esteves diz que “está cumprido o que o secretário de Estado da Saúde disse na conferência de imprensa de hoje”.

Há pressa e, por isso, “os testes vão ser retomados hoje mesmo", garante o autarca.

“As operações seguem imediatamente. Temos um hospital que trabalha 24 horas por dia e estamos já a fazer este trabalho porque estão cá as pessoas que precisam de ser testadas, estão cá os profissionais e agora estão cá os kits.”

O autarca aproveita para “deixar uma palavra de agradecimento à Renascença e à comunicação social portuguesa porque o facto de ter partilhado aquelas péssimas notícias de ontem, em que se conjugou a presença daqueles números tão pesados do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro com a rutura do stock de zaragatoas do nosso hospital e com o adiamento da execução de testes em dois dos lares do município de Aveiro, elevou a uma pressão fortíssima que levou a que se mexessem uma série de coisas”.

Segundo Ribau Esteves, o material que chegou esta terça-feira “permitem, arredondando a conta, trabalhar durante uma semana”.

O presidente da Câmara espera que “não seja preciso outra conjugação de más notícias e que lá para o final desta semana, início da próxima, cheguem mais dois mil”.

Ontem à noite, também em declarações à Renascença, Ribau Esteves tinha deixado um grito de alerta pelo atraso na entrega dos kits no concelho. Nessa altura, o autarca confirmou que, desde a chegada da pandemia a Portugal, morreram 15 idosos do lar da Santa Casa da Misericórdia, onde foram detetados 99 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo 22 funcionários.

Persistem queixas à falta de testes nos lares após programa do Governo

As queixas de autarcas e instituições à falta de testes à Covid-19 nos lares de idosos, onde aumentam os casos positivos, persistem mesmo após o arranque do programa nacional do Governo, que afirma estar a fazer todos os esforços para responder ao problema.

A operação de testes em todos os lares de idosos arrancou no dia 30 de março em quatro concelhos: Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda. Nalguns, como é o caso de Aveiro, os testes demoraram a chegar.

Uns dias depois, o projeto foi alargado aos municípios de Portimão e Loulé. No dia do lançamento, o primeiro-ministro António Costa, explicou que o objetivo era "conseguir cobrir o país com estas iniciativas, mobilizando os laboratórios universitários e a capacidade instalada nas nossas universidades e nos nossos politécnicos para este esforço", ao longo da semana seguinte, a semana atualmente em curso.

A iniciativa foi aplaudida pelo presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, Lino Maia, que considerou que esta era "a decisão mais acertada", mas os alertas e as queixas não deixaram de se fazer ouvir.

Ao longo dos dias seguintes, os autarcas de Aveiro, Arcos de Valdevez e Bragança pediram a execução "imediata" de testes nos seus concelhos, enquanto continuavam em marcha iniciativas locais: como os casos da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, por exemplo, que adquiriu 500 testes para uma primeira fase de rastreios nas instituições com lares e residências para idosos, e do município de Vouzela (distrito de Viseu), que disse ter investido "dezenas de milhares de euros" para realizar mais de 350 testes em funcionários e utentes de instituições sociais.

Hoje, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse que a zona de Aveiro iria receber, ainda durante o dia, dois dos 10 mil testes destinados à região Centro e que cerca de 80 servirão para rastreio em dois lares do concelho capital de distrito.

"Estão a ser feitos todos os esforços para que situação de Aveiro fique rapidamente e o mais depressa possível resolvida", afirmou.

Dados da Covid-19 em Portugal

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