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OMS admite uso generalizado de máscaras, mas apenas em países com menos condições de higiene

06 abr, 2020 - 17:29 • Redação, com agências

Organização Mundial de Saúde divulga novas orientações para ajudar países a decidir sobre o alargamento das recomendações para uso de máscaras de proteção.

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As máscaras médicas, máscaras respiratórias e outros equipamentos de proteção devem ter como prioridade os profissionais que estão na linha da frente do combate à Covid-19, apela o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tedros Ghebreyesus anunciou, esta segunda-feira, novas orientações para ajudar países a decidir sobre o alargamento das recomendações para uso de máscaras de proteção.

Em conferência de imprensa, em Genebra, manifestou a sua preocupação em relação à utilização massiva de máscaras por parte da população, em geral.

O responsável da OMS, em conferência de imprensa, disse recear que a utilização massiva de máscaras possa agravar o problema da falta de máscaras para os profissionais de saúde, para quem este equipamento de proteção é fundamental.

Tedros Ghebreyesus admite, no entanto, o uso generalizado de máscaras pela população para conter a pandemia da covid-19 em países em que o distanciamento social e as lavagens frequentes das mãos não possam garantidos.

O diretor-geral da OMS sublinha que as máscaras de proteção, por si só, não param a pandemia de Covid-19.

Os países devem continuar a procurar, isolar e tratar todos os casos e a identificar todos os contactos, sublinha o diretor-geral da OMS.

A massificação ou não da utilização de máscaras de proteção é uma questão que divide os especialistas.

Antes do anúncio da OMS, a Direção-Geral da Saúde (DGS) assegurou esta segunda-feira que está alinhada com a Organização Mundial de Saúde sobre a utilização de máscaras pela generalidade da população e que está a analisar pareceres pedidos.

“O que estamos a fazer neste momento é uma análise dos pareceres, da evidência (prova) científica. Teremos que aguardar mais uns dias para podermos responder a isso", disse Graça Freitas após ter sido questionada sobre o uso generalizado de máscaras na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

A diretora-geral da Saúde sublinhou que foi pedido um parecer em relação ao uso das máscaras na prevenção da covid-19, mas que a DGS continua alinhada com a OMS, bem como com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

No domingo, em entrevista à RTP, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que a Direção-geral da Saúde pediu um parecer sobre o uso generalizado de máscaras para evitar a propagação da covid-19, tendo sido aconselhada a equacionar a medida.

A Ordem dos Médicos (OM) defende que os critérios para uso universal das máscaras de proteção individual pelos profissionais de saúde e pela população em geral devem ser revistos para melhor evitar a propagação da covid-19.

Numa nota divulgada esta segunda-feira, a OM defende que a DGS deve rever e operacionalizar, com caráter de urgência, os critérios de utilização universal das máscaras de proteção individual, sobretudo nos espaços públicos onde a distância de segurança seja mais difícil de manter.

No domingo, o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) defendeu o uso generalizado pela população de máscaras, para combater a pandemia da covid-19, com base em artigos científicos internacionais publicados sobre a matéria.

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