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Coronavírus. Governo autoriza vendedores itinerantes para garantir acesso a bens essenciais

03 abr, 2020 - 00:06 • Lusa

As associações de feirantes já tinham pedido apoio financeiro ao Governo, depois de os comerciantes terem deixado de trabalhar e ficado sem qualquer fonte de rendimento, devido à pandemia de covid-19.

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Os vendedores itinerantes vão poder continuar a operar nas localidades onde essa atividade seja necessária para garantir o acesso a bens essenciais pela população, determinou o Governo esta quinta-feira, no âmbito da renovação do estado de emergência devido à covid-19.

Segundo o decreto da Presidência do Conselho de Ministros, a identificação das localidades onde a venda itinerante seja essencial para garantir o acesso a bens essenciais pela população "é definida por decisão do município, após parecer favorável da autoridade de saúde de nível local territorialmente competente, sendo obrigatoriamente publicada no respetivo sítio na Internet".

Segundo o Governo, a autorização do exercício de atividade por vendedores itinerantes visa a "disponibilização de bens de primeira necessidade ou de outros bens considerados essenciais na presente conjuntura", para a população que vive em localidades onde essa atividade é necessária para garantir o acesso a bens essenciais.

Em 20 de março, a Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF) pediu apoio financeiro ao Governo, depois de os comerciantes terem deixado de trabalhar e ficado sem qualquer fonte de rendimento, devido à pandemia de covid-19.

Numa carta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, a FNAF referiu que os feirantes foram esquecidos e que o que vendem nas feiras é o único meio de subsistência.

"É com muita tristeza que constatamos que fomos totalmente votados ao esquecimento, neste momento tão difícil para nós", pode ler-se na missiva, adiantando que sem apoio financeiro não conseguirão "resistir e sobreviver".

Assinado pelo presidente da FNAF, Joaquim Santos, o documento alerta que os feirantes vivem daquilo que vendem nas feiras e que este é o único rendimento que os permite subsistir "com alguma dignidade".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de 19 de março, tendo o Presidente da República decretado esta quinta-feira a sua renovação, por novo período de 15 dias, até 17 de abril, para permitir medidas de contenção da covid-19.

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  • Otilio Condeixa
    08 abr, 2020 Lisboa 20:57
    Sr.prlmeiro ministro eu sou feirante e pedia que também olhasse para nos feirantes porque também quando quer votos aí sim já se alembra dos feirantes também somos humanos ou não???
  • JPAULO
    05 abr, 2020 SANTARÉM 04:02
    EU SOU FEIRANTE VIVE FEIRAS NESTE MOMENTO GOSTARIA ESTADO QUE NOS PUDESSE AJUDARE PORQUE NÃO TEMOS OUTRA FONTE RENDIMENTO EU JÁ ESTOU PASSARE ALGUMAS NESSIDADES AGRADECIA POR FAVOR QUE ME POSSA AJUDARE TODOS EM PORTUGAL FEIRANTES ESTAMOS PASSARE MUITOS NESSIDADES COM BENS PRIMEIRA NESSIDADE SOGORRO POR FAVORE TODOS SR PRIMEIRO MINISTRO DE PORTUGAL VEJA NOSSA SITUAÇÃO NÃO TEMOS AJUDA NADA NUNCA TIVEMOS OBRIGADA

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