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​Centros Educativos avaliam regresso de jovens a casa

03 abr, 2020 - 18:00 • Liliana Monteiro

Direção-Geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais quer reduzir número de jovens internados no Centros Educativos. Pena cumprida em casa, sob supervisão, e libertações antecipadas fazem parte do plano de contingência aprovado esta quinta feira.

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À semelhança do que está a ser pensado para as prisões, também os oito Centros Educativos querem reduzir número de jovens internados. Além da saída antecipada dos jovens cuja “medida de internamento cessa até ao verão”, já noticiada pela Renascença, a Direcção-Geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais (DGRSP) vai agora avaliar “jovens que possam ser colocados nas famílias na situação de supervisão intensiva ou em medida de acompanhamento educativo”, permitindo diminuir deste modo o número de jovens em cada Centro e o risco de contágio em ambiente institucional.

O diretor-geral da DGRSSP, Rómulo Mateus, considerou que era preciso um plano de contingência mais rigoroso, com medidas mais drásticas para conter a Covid-19 e aprovou esse mesmo plano na quinta-feira.

Como forma de colmatar a ausência de visitas vão ser “reforçados os contactos dos jovens com as famílias através de videochamada, nomeadamente os que não podem ir de férias da Páscoa”, adianta à Renascença a DGRSP. Recorde-se que aos jovens só era permitia a chamada telefónica.

Nos centros educativos vão definir-se “Unidades Residenciais para isolamento profilático de jovens que regressam das férias da Páscoa e para isolamento de eventuais casos positivos da Covid-19”.

Estreitaram-se os mecanismos de contacto entre os centros educativos e o Centro de Competências para a Gestão dos Cuidados de Saúde, em termos do apoio clínico a prestar às Unidades Residenciais de isolamento.

Mais de 130 jovens internados

Em 2019, havia 171 jovens internados, menos 16,58% que em 2018. Este ano, até ao presente mês, havia 136 jovens internados, sendo que a capacidade de alojamento dos centros é de 164 lugares em quartos individuais.

A maioria encontra-se em regime semi-aberto, o que significa que mantêm contactos com o exterior.

A maioria são rapazes com idades entre os 16 anos e os 19 anos.

Uma percentagem reduzida é de nacionalidade estrangeira: Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau e Roménia.

Nos crimes praticados pelos rapazes destaque para os crimes contra as pessoas, ofensas à integridade física voluntária simples e grave, danos contra o património, roubo e furto, trafico de estupefacientes e condução sem carta.

Já nas raparigas predominam crimes de difamação, calúnia e injuria, ofensas à integridade física.

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