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Federação de Ciclismo acredita poder manter datas da Volta a Portugal

03 abr, 2020 - 18:29 • José Pedro Pinto

Estão em cima da mesa cenários pessimistas, mas igualmente otimistas, revela a Bola Branca o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. Suspensão de toda a atividade da modalidade acaba de ser prorrogada até 31 de maio.

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O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Delmino Pereira, acredita que será possível levar para a estrada a Volta a Portugal nas datas previstas.

O arranque da principal prova velocipédica nacional está marcado para 29 de julho, com final agendado para 11 de agosto.

Numa altura em toda a suspensão de toda a atividade da modalidade em Portugal acaba de ser estendida até 31 de maio, que o Giro de Itália foi já adiado e o próprio Tour de France poderá seguir igual caminho, Delmino Pereira admite, a Bola Branca, todos os cenários. Há perspetivas pessimistas e há perspetivas otimistas. A melhor das quais é não "tocar" na Volta a Portugal.

"O cenário otimista era começar a ter corridas já em junho. E o pessimista era ter de alterar a data da Volta a Portugal. Mas acreditamos que a Volta, à partida, poderá manter-se nas datas previstas. Assim esperamos", projeta.

Nesta altura, Delmino Pereira tem a expetativa de recuperar grande parte dos eventos, em Portugal. O segundo semestre poderá trazer uma luz ao fundo do túnel, até porque a época vai ser prolongada.

Ciclismo unido para ultrapassar crise financeira

A pandemia da Covid-19 atrasou a conclusão de vários contratos-programa de apoio do Estado a diversas modalidades, como é disso exemplo o ciclismo. Delmino Pereira confessa sentir uma cooperação positiva do Governo, mas ainda aguarda por novidades e, eventualmente, mais apoios estatais para combater a crise financeira que também se abateu sobre o ciclismo nacional.

"Os contratos-programa estão para ser fechados e os problemas nunca serão resolvidos como estava previsto. Temos sentido cooperação e compreensão positivas da parte do Governo, porque estamos todos a adaptar-nos ao contexto. Estamos a aguardar mais informação", explica.

Certo é que a tal crise financeira, com empresas que dão nome e financiamento às equipas e ainda patrocinadores a fazer contas à vida, está a ser encarada com solidariedade total por todos os agentes do ciclismo. Todavia, Delmino Pereira recorre a uma metáfora própria da modalidade para relevar as dificuldades que se vivem nesta altura.

"Se apanhar vento de frente, o pelotão passa a ir mais devagar. As empresas e os patrocinadores vão ter de reduzir os apoios e toda a comunidade do ciclismo está disposta a ceder um pouco. Estamos todos a lutar por isso, em defesa de uma profissão, em defesa da continuidade. Existe uma cooperação entre as partes na defesa do futuro da modalidade. Neste aspeto, o ciclismo consegue adaptar-se. Sendo um momento difícil, terá de ser difícil para todos e todos terão de assumir uma parte do sacrifício", remata.

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