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Recreio de Águeda está contra "quarta divisão" e ameaça abandonar Campeonato de Portugal

03 abr, 2020 - 19:34 • Rui Viegas

Rui Anjos, presidente do clube da Série C, apoia a proposta levada à Federação Portuguesa de Futebol, mas apenas em parte.

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O presidente do Recreio Desportivo de Águeda opõe-se à criação de uma prova interassociações, contida na proposta de alargamento que vários clubes do Campeonato de Portugal (CP) endereçaram à Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Isto apesar de concordar com a ideia de aumento do número de participantes nas Ligas, para fazer face à paragem competitiva provocada pela pandemia da Covid-19.

Em causa, diz Rui Anjos a Bola Branca, está a competição idealizada para os que estão abaixo dos clubes promovidos diretamente e automaticamente. O que, na prática, segundo este dirigente, não é mais do que a introdução de um quarto escalão no futebol português e levando em linha de conta os resultados obtidos numa temporada ainda por finalizar.

"É uma proposta convergente, mas despropositada no tempo. Isto é, que se façam subidas e descidas com base em resultados desportivos de uma época inacabada. Faz todo o sentido este modelo se for aplicado na próxima época, com efeitos em 2021/22, porque todos estariam a jogar para um novo modelo. É precipitado estar já a chutar clubes para uma quarta ou terceira divisão, de forma tão leviana! É um modelo que se pode aceitar daqui a dois anos e acho que era isso, até, que a federação estaria a trabalhar. Não se pode é implementar com base nos resultados desta época. O problema está essencialmente aí", explica o líder dos aguedenses, que perante a possibilidade de concretização deste cenário competitivo ameaça "bater com a porta".

"Era subverter a verdade desportiva. Nós, por exemplo, andamos há seis anos a investir para chegar aos campeonatos profissionais, temos tido boas classificações, e com este modelo somos relegados para uma quarta divisão. Faz com que caia por terra o nosso projecto. Já manifestei que, se isto for em frente, não contem mais com o Recreio de Águeda neste campeonato", conclui Rui Anjos, com desagrado.

Para além do alargamento das I e II Ligas, de acordo com o documento elaborado pelos oito clubes que lideram as várias séries, o Campeonato de Portugal seria disputado em duas zonas a partir da próxima temporada (12+12) e logo abaixo surgiria uma prova interassociações com 56 equipas.

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