02 abr, 2020 - 12:45 • Carlos Dias
Nuno Pinto, de 33 anos, é um dos jogadores mais experientes na I Liga e alerta para o impacto dos cortes salariais na vida da maioria dos jogadores. A interrupção das competições desportivas pode levar ao corte dos salários dos jogadores, mas o lateral do Vitória de Setúbal alerta que a maior parte dos jogadores não aufere um ordenado elevado.
"Tirando os três grandes e mais um ou outro clube que têm bons ordenados, as outras equipas têm ordenados normais. Nós não somos milionários e há que ter isso em atenção. Esta é uma profissão que termina rapidamente e é preciso juntar dinheiro”, explica.
Nuno Pinto é um dos jogadores que acaba contrato no dia 30 de junho. Sobre a eventual extensão dos contratos devido ao atraso no reinício dos campeonatos, considera que o melhor “é esperar “ pelo regresso dos jogos para se tomar decisões.
O jogador do Vitória de Setúbal admite a realização de jogos à porta fechada, no reatar do campeonato. "Não é bom para o espectáculo, mas esta é uma situação anormal”, diz.´
Paciente de risco
Nuno Pinto é um paciente de risco depois de quase um ano de luta com um linfoma, mas está a lidar bem com a atual situação de isolamento social.
"Não mexe comigo porque sempre fui muito cuidadoso, continuo a ser um paciente de risco mas tento sempre viver de forma normal. Estou a seguir os conselhos da Direção-Geral de Saúde”, diz.
O jogador do clube sadino, que já jogou no Nacional e Boavista, para além de clubes dos campeonatos da Roménia, Ucrânia e Bulgária, está a viver num apartamento com a mulher e os três filhos. Cumpre o plano de exercícios que lhe é enviado diariamente pelo clubes, e passa o tempo “a ver séries com a mulher e a brincar com os filhos”.