01 abr, 2020 - 21:32 • Rosário Silva
A Universidade de Évora (UÉ) decidiu suspender as aulas presenciais até ao final deste ano letivo, sendo substituídas por ensino à distância.
Numa circular divulgada esta quarta-feira à academia a Reitora, Ana Costa Freitas, reitera o apelo à comunidade académica para que “mantenha o civismo, o distanciamento social, bem como a observância das medidas de contenção amplamente divulgadas pelas Autoridades de Saúde.”
Mantem-se, assim, a decisão que já estava em vigor, desde 16 de março, embora se abram algumas exceções em termos de reposição presencial, nomeadamente para as aulas de laboratório, em “moldes a definir e a informar no decorrer desta semana.”
O mesmo documento estabelece as normas adaptadas para os estudantes alojados nas residências universitárias da UÉ, particularmente, “em relação a saídas ou situações que exigem isolamento, por forma a garantir o cumprimento das normas de proteção e segurança favoráveis à contenção e mitigação da COVID-19.”
A reitora, Ana Costa Freitas salienta que “a situação que se vive é desconhecida para todos”, mas, do pouco que é conhecido, assegura, “temos uma garantia, o afastamento social é importante e, para já, parece ser o único meio para evitar uma propagação acelerada do surto”.
A Universidade de Évora iniciou com bastante antecedência as medidas para contenção da COVID-19, “desde a suspensão de visitas aos edifícios e das mobilidades de estudantes, docentes e não-docentes, até à efetiva suspensão das aulas presenciais a partir de 16 de março.”
Até ao momento presente foram tomadas medidas e implementadas diversas ações. Por um lado, “dirigidas à comunidade académica, como o acesso à formação em e-Learning, a disponibilização de ferramentas de ensino à distância, a criação de uma linha de apoio psicológico ou iniciativas de natureza lúdica, para ocupação de tempos livres.”
A instituição está, também, a colaborar com a comunidade onde está inserida, tendo, a titulo de exemplo, disponibilizado à ARS do Alentejo, equipamentos científicos essenciais para testar a COVID-19 e materiais de proteção aos profissionais de saúde. Ao nível da investigação, a UÉ está a desenvolver um sistema que permitirá reduzir o tempo de atendimento da Linha SNS24.
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Em Portugal, segundo o balanço feito esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).