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Maduro acusa cruzeiro português de ato de "terrorismo e pirataria"

01 abr, 2020 - 08:00 • Redação com Lusa

Um barco da Marinha venezuelana afundou-se após colisão com cruzeiro português. O incidente, que aconteceu a norte da ilha de La Tortuga, não fez vítimas.

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O Presidente da Venezuela acusou o cruzeiro de bandeira portuguesa "Resolute" de ter realizado um ato de "terrorismo e pirataria" contra um barco da Marinha venezuelana que se afundou segunda-feira. Nicolas Maduro exige uma investigação.

“O barco [de bandeira portuguesa] que investiu sobre a nossa nave é oito vezes mais pesado, é como se um gigante pugilista de 100 quilogramas agarrasse um menino pugilista e o golpeasse”, começou por descrever Maduro no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante a ativação do Conselho de Estado para debater sobre soluções para combater a pandemia. Trata-se “de um ato de terrorismo e pirataria que há que investigar, porque se tivesse sido um barco de turistas não teria tido essa atitude de querer agredir”.

Segundo a descrição do Presidente, a colisão ocorreu quando a embarcação de controle costeiro pediu ao navio de cruzeiro que se dirigisse até a um porto venezuelano.

A Venezuela exige à Holanda uma investigação, pois a embarcação foi ancorar em Curaçau, que território holandês. “Há que rever todos os protocolos para atender este tipo de casos, porque se aplicou um protocolo em condições normais de paz, que se aplica no direito internacional”, que se “convidou a ir até um porto de Margarita (ilha venezuelana) e seria acompanhado em paz e tranquilidade”, disse Maduro.

Segundo o Presidente, o barco da Marinha venezuelana foi abalroado “de maneira brutal”.

Um barco da Marinha venezuelana afundou-se na segunda-feira após uma colisão com o cruzeiro de bandeira portuguesa "Resolute", a norte da ilha de La Tortuga (181 quilómetros a nordeste de Caracas), foi anunciado esta terça-feira.

Segundo o Ministério da Defesa da Venezuela, pelas 00h45 locais de segunda-feira (5h45 em Lisboa), o barco da Guarda Costeira "Naiguatá GC-23" realizava "tarefas de patrulhamento marítimo" no mar territorial venezuelano quando "foi atingido pelo navio de passageiros 'Resolute' (122 metros de comprimento e 8300 toneladas de deslocamento), de bandeira portuguesa".

As operações de busca e salvamento permitiram o resgate na íntegra da tripulação.

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  • Manuel
    01 abr, 2020 Moura 10:16
    Então mas este agora decidiu " marrar " em nós, foi os explosivos no avião da TAP agora é o barco, grande troglodita !

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