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Governo admite nacionalizar empresas

31 mar, 2020 - 12:33 • Redação

O ministro da Economia em entrevista à TSF reconhece que o Estado, se tal se vier a revelar necessário, irá tomar conta de algumas empresas. Na mesma entrevista, Pedro Siza Vieira diz que há empresas que vão mesmo falir e empregos que se vão perder.

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O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, assume esta terça-feira, em entrevista à TSF, que nacionalizar empresas é uma possibilidade real durante a pandemia de Covid-19.

"O Estado tem ferramentas para nacionalizar empresas e irá fazê-lo se for preciso", diz.

Na mesma entrevista, e sobre a TAP, que irá recorrer a lay-off neste período, o ministro avança que o "Estado não deixará de usar a estratégia ao seu dispor" quando e como for necessário.

Siza Vieira reconhece que é "muito difícil que uma empresa que não tem atividade mantenha todos os postos de trabalho funcionais".

O ministro da Economia acrescenta que "neste momento toda a indústria da aviação civil, a nível mundial, está a conhecer grandes dificuldades", e complementa com a ideia de que "um pouco por todo o mundo estão a ocorrer despedimentos em massa nesta indústria".

O mesmo garante ainda que o Governo não foi notificado "de nenhum pedido de lay-off apresentado pela TAP e, apesar de não abordar diretamente a nacionalização da companhia aérea, afirma que o Estado não deixará de assegurar a preservação do valor da empresa.

Comunicação Social

O ministro da Economia também aborda do papel da comunicação social, e garante que a mesma merecerá por parte do Executivo atenção especial. Siza Vieira garante resposta "ao paradoxo de maiores audiências de sempre e as receitas a cair".

"O setor da comunicação social é como o SNS, as forças de segurança, a Segurança Social, é nestes momentos de crise que verificamos que são essenciais", frisa o ministro da Economia.

Estado paga dívidas e pede mais linhas de crédito

Uma das exigências das empresas era que e Estado regularizasse as dívidas às empresas. O ministro da Economia, na entrevista à TSF, diz que o seu ministério já começou a acelerar “o pagamento de quase 120 milhões de euros para pagar a empresas".

Garante ainda que o Estado já pediu mais linhas de crédito no valor de sete mil milhões de euros.

Por fim, Siza Vieira admite na entrevista à rádio do grupo Global Media que, "infelizmente, Portugal tem de estar preparado para despedimentos e falências", já que a "travagem foi brusca".

"Sabemos que há casos que podem ser muito significativos", afiança. "O nosso foco primeiro é o da emergência, mas ao mesmo tempo temos de pensar na retoma", remata.

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