A UGT quer que o Governo proíba os despedimentos em todas as circunstâncias durante o tempo de pandemia devido ao coronavírus.

A central sindical não concorda que as empresas em crise que recorram ao “lay-off” simplificado apenas fiquem proibidas de despedir trabalhadores e não sejam obrigadas à renovação dos contratos a prazo.

“Devia ser proibido despedir em todas as circunstâncias, porque o momento é um momento excecional e, portanto, um momento excecional deve ser encarado com medidas excecionais e com um esforço excecional também por parte das empresas”, diz à Renascença o líder da central sindical Carlos Silva.

O sindicalista recorda que em Espanha essa medida já foi tomada e considera que Portugal devia seguir o exemplo, dada a excecionalidade da situação.

“Os trabalhadores se não veem os seus contratos renovados, não é por uma questão de vínculo laboral, é por questões de produção, que tem que ver essencialmente com a questão de calamidade que vivemos e, por isso, o assunto devia ser visto e tratado excecionalmente”, argumenta.

Nestas declarações à Renascença, Carlos Silva garante ainda que vai transmitir esta posição da central sindical num email que pretende enviar na segunda-feira ao primeiro-ministro, António Costa.

Portugal regista neste domingo 119 mortes associadas à Covid-19, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infetados (mais 792), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).