27 mar, 2020 - 10:30 • Lusa
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Mais de 4.500 médicos responderam ao apelo do bastonário da ordem para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante a pandemia de covid-19, anunciou a Ordem dos Médicos (OM).
Numa nota enviada às redações, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, diz que a listagem de médicos para reforçar os cuidados de saúde tem vindo a ser partilhada com o Ministério da Saúde e pede que os serviços se organizem para permitir mais equilíbrio entre os períodos de trabalho e descanso dos médicos.
É urgente que estes médicos, que prontamente responderam a este apelo humanista e solidário, tenham uma resposta e que se organizem os serviços a contar também com o seu apoio, permitindo um melhor equilíbrio entre períodos de trabalho e descanso", sublinha.
O bastonário lembra que tinha escrito aos médicos, pedindo, especialmente aos que saíram do SNS ou se reformaram, que considerassem a hipótese de fazerem mais horas, ou de regressarem para colaborar "no âmbito das suas competências e conhecimentos ou no apoio direto à covid-19".
"Recebemos mais de 4.500 respostas positivas de médicos disponíveis para ajudar o nosso país numa altura de emergência de saúde pública internacional. Os médicos sempre estiveram ao lado dos doentes em momentos muito difíceis e jamais o deixariam de fazer perante uma pandemia que está a apresentar um desafio imenso para todos os países", afirma.
Miguel Guimarães agradece a solidariedade dos médicos, sublinhando que "não é fácil estar no terreno em alturas de grande incerteza" e em que se arrisca a própria vida, deixando as famílias para trás.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados de covid-19 foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência até ao final do dia 2 de abril.
Segundo os últimos dados divulgados pela DGS, em Portugal há 60 mortes associadas à doença e 3.544 infeções confirmadas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.