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Covid-19. Boletim 25 março

Entre a recessão e a escassez nos hospitais, esquecemo-nos dos sem-abrigo

25 mar, 2020 - 21:30 • Tiago Palma

Entre relatórios que vão e vêm, o número de mortes em Portugal sobe de dia para dia e a Direção-Geral da Saúde garante que são estas e só estas, sem mentiras nem omissões: “Não há vantagem nenhuma de se mentir numa situação destas, e é impossível". Entre notícias que ainda não podem ser boas, eis uma que nos vem aliviar: as famílias deixam de ter de pagar prestações de crédito em tempo de coronavírus. Lá fora, o príncipe Carlos tem Covid-19 e admitem-se, quando a comida faltar – e pode faltar se os britânicos continuarem a açambarcar nos supermercados –, motins em terras de sua majestade.

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  • Em Espanha, o ministério da Saúde admitiu hoje que a evolução de casos verificado nos últimos dias (o aumento diário das mortes estabilizou) indica que o país está “muito perto" do pico da pandemia. Espanha registou, nas últimas 24 horas, 738 mortos e um aumento de 7.937 no número de infetados (ao todo, morreram 3.434 pessoas e 26.960 continuam hospitalizadas), ultrapassando a China continental no balanço da epidemia.
  • O vírus não olha a quem. Não escolhe idades, géneros, não escolhe classes sociais nem riqueza ou poder. O poder aqui não vale de muito. Ou de nada. Esta quarta-feira, Clarence House, a residência oficial do príncipe Carlos, anunciou que o herdeiro da coroa britânica, de 71 anos, foi diagnosticado com Covid-19. Ainda no Reino Unido, analistas em segurança admitem que a escassez de comida (os britânicos importam 50% dos alimentos) é uma das potenciais consequências da crise causada pela pandemia, o que pode vir a resultar pode em racionamento e, até, motins. O Governo de Boris Johnson tem apelado nos últimos dias aos britânicos para que “sejam responsáveis” na na ida ao supermercado e setor de distribuição limitou o número de unidades que cada um pode comprar de bens essenciais.
  • No senado norte-americano, republicanos e democratas abandonaram disputadas políticas e acordaram um plano de 1,85 biliões de euros para relançar a primeira economia mundial, tão fustigada pela pandemia. Este plano, histórico, terá ainda de ser aprovado pela Câmara dos Representantes, cuja maioria é democrata, antes de ser promulgado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os Estados Unidos registam cerca de 600 mortes e mais de 50.000 infetados.
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