25 mar, 2020 - 17:46 • João Cunha
Numa altura em que são às centenas os portugueses espalhados pelo mundo que pretendem regressar a Portugal, há entre eles quem queira regressar para receber tratamento médico.
Na Guiné-Bissau estão, pelo menos, dois cidadãos portugueses que necessitam urgentemente desse tratamento, e que por isso, foram incluídos numa lista prioritária, alegadamente organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, para que fosse dada prioridade ao seu repatriamento.
Pedro Aguiar, que trabalha para uma organização não-governamental para o desenvolvimento, tem o nome nessa lista, mas mesmo depois de contactar a TAP em Bissau, ainda não sabe se vai ou não viajar.
“O nome consta nessa lista. Se irei viajar, não sei. Neste momento, careço de tratamento em Portugal, estou com uma pneumonia nos dois pulmões. Não me foi diagnosticado mais nada”, diz Pedro Aguiar, em declarações à Renascença.
Filipa Figueiredo tem uma pneumonia que não consegue tratar em Bissau. Esteve em contacto com a TAP e também não conseguiu garantir voo. Alguma coisa está a correr mal na comunicação entre o Ministério português dos Negócios Estrangeiros e a TAP, afirma.
“Há falta de comunicação. A situação é delicada, estamos a falar de evacuar 15 a 20 mil portugueses, não sei, na Guiné-Bissau estão cerca de 700 inscritas para serem repatriadas para Portugal ou países da União Europeia. Eu penso que está a faltar tudo”, lamenta Filipa Figueiredo.