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D. José Traquina

Instituições sociais "vão ter grande dificuldade em pagar ordenados"

20 mar, 2020 - 14:47 • Henrique Cunha

Em entrevista à Renascença, D. José Traquina diz que as instituições "não receberam aquilo que deviam ter recebido" e receia que, ao problema social causado pela pandemia de coronavírus, se possa juntar uma dificuldade económica.

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A Igreja está preocupada com o final do mês e o pagamento de ordenados a trabalhadores das instituições do setor social, diz à Renascença o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina.

O também bispo de Santarém afirma que, no final do mês, "as instituições da Igreja e não só, vão ter grande dificuldade em pagar ordenados porque não receberam aquilo que deviam ter recebido".

D. José Traquina receia que, ao problema social que estamos a viver, se possa juntar uma dificuldade económica.

"A falta de liquidez, a falta de dinheiro é um problema económico" que, na opinião de D. José Traquina, tem de merecer o alerta do Estado.

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social espera que o Estado "tenha em conta dificuldades acrescidas das instituições que mantêm a mesma despesa e os mesmos serviços".

D. José Traquina diz que "será dramático" se as pessoas que estão a trabalhar "em condições de insegurança não forem compensadas", porque "não há dinheiro para lhes pagar o ordenado".

Nesta entrevista à Renascença, o bispo de Santarém afirma também a sua preocupação com os refugiados que se encontram na Grécia.

Mais acompanhamento aos idosos

Recorda que "aos bispos da Europa foi pedido corredores humanitários para aquelas pessoas". D. José Traquina admite que a Igreja tem alguns espaços para acolher as pessoas, mas " o problema é exigirem-nos as melhores condições do mundo".

Noutro plano, o bispo classifica de curioso o facto de "os idosos estarem mais descontraídos, quando afinal são eles quem está mais exposto ao contágio do vírus".

D. José Traquina recomenda "mais acompanhamento porque como são pessoas de mais idade e não usam os meios de comunicação e interação que utilizam as jovens gerações" sentem-se mais isoladas. O bispo admite que "a tentação de sair e contactar ao vivo é maior. E isso também se compreende".

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  • Adélio Pequenino
    20 mar, 2020 21:16
    Senhor D. José traquina: Os Bispos e Padres foram chamados para ensinar as pessoas o caminho do bem. Não foram preparados para ser empresários. Compete à igreja ensinar a orar, trabalhar, produzir e poupar. Estão a meter a mão em território de César. Cabe ao Estado alimentar os pobres que ele próprio fabrica, permitindo o funcionamento de estabelecimentos de diversão até às tantas da noite ou manhã. A igreja só deve distribuir aos mais pobres as ajudas anónimas que os fieis de boa vontade ofereçam à paróquia para tal fim. Este desgoverno incitou as pessoas a ser consumistas. As pessoas têm de se mentalizar que só podem comer metade do fruto da árvore. A outra metade é para produzir semente, rentabilizar. Não são sempre tempos de vacas gordas. Foi isso que José, filho de Jacob, ensinou ao Rei do Egito. Vejo carrinhas dos Centros paroquias a transportar, para convívios, pessoas remediadas, com boas reformas, para jantaradas O Engenheiro Guterres anda a passear na ONU com um salário chorudo e tudo pago. E não prescindiu das suas mordomias, da sua pensão vitalícia. Exorto - vos a pagar o tributo a César e a libertar a vossa língua e o vosso braço direito que o poder politico podre vos manietou. Se os senhores não mudarem a vossa conduta, vos garante que o vosso fim vai ser mais desprezível que o dos antigos Príncipes dos Sacerdotes. Boa noite e Santo fim de semana.

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