20 mar, 2020 - 10:50 • Olímpia Mairos
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A Câmara de Chaves, na “sequência das orientações emanadas pelas autoridades competentes e no âmbito do estado de emergência nacional”, reforçou as medidas temporárias e preventivas de forma a reduzir o risco de eventual contágio pelo novo coronavírus.
“Na salvaguarda da saúde pública encontram-se a ser vedados os acessos locais fronteiriços, utilizados como passagens pelas populações raianas, com a colocação de elementos em betão, cedidos pelas Infraestruturas de Portugal. Serão abrangidas as localidades de fronteira de Segirei, S. Vicente da Raia, Travancas, Mairos, Lama de Arcos, Vilarelho da Raia e Soutelinho da Raia”, explica à Renascença o presidente da autarquia, Nuno Vaz.
O município está também a proceder à higienização e desinfeção de ruas, no perímetro histórico, núcleo habitacional e áreas críticas, em colaboração com os Bombeiros, e criou uma linha de emergência social que pode ser acedida via telefone (276 340 508) ou via email (emergência.social@chaves.pt).
Segundo o autarca, “esta linha pretende dar resposta à população mais vulnerável, nomeadamente pessoas idosas e /ou portadores de deficiências que não tenham retaguarda familiar, no sentido de assegurar as condições mínimas de sobrevivência, garantindo, por esta via, a entrega de géneros alimentares e medicamentos ao domicílio, em colaboração com IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e juntas de freguesia do concelho”.
Para minimizar os efeitos de recessão económica no concelho, a autarquia está a proceder ao pagamento imediato de todas as faturas emitidas pelos fornecedores do município.
A autarquia está também a cooperar com “as unidades de saúde, através do apoio infraestrutural para possível instalação de uma tenda de campanha na Unidade Hospitalar de Chaves e junto do Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, a disponibilidade de cedência de veículos e motoristas para deslocações de apoio às populações mais distantes, assim como a cedência de pavilhões e aquisição de equipamentos de proteção individual”.
O presidente da autarquia reforça o apelo “à população em geral que adote comportamentos responsáveis de acordo com as medidas decretadas pela Direção-Geral da Saúde”.
Nesta sexta-feira de manhã, numa ronda por algumas das principais artérias da cidade, a Renascença encontrou o comércio encerrado, muito pouca gente na rua e uma significativa diminuição de automóveis a circular.
O mais recente balanço da Direção-Geral de Saúde aponta para 786 doentes com Covid-19 em Portugal, muitos deles a serem vigiados em casa. Três já recuperaram e quatro não resistiram à doença.
O Presidente da República decretou o estado de emergência, em vigor desde quinta-feira até dia 2 de abril.