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Coronavírus. EUA pedem à China para ser transparente com “o mundo inteiro”

20 mar, 2020 - 20:10 • Agência Lusa

Donald Trump insiste que tem uma excelente relação com a China e lamenta que a doença tenha partido da China e escapado a “qualquer controlo”.

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O chefe da diplomacia dos EUA apelou de novo à China, esta sexta-feira, para “partilhar com o mundo inteiro” as informações de que dispõe sobre o novo coronavírus, insistindo na acusação de falta de transparência inicial de Pequim.

“É imperativo para proteger as pessoas”, declarou Mike Pompeo em conferência de imprensa na Casa Branca. “É absolutamente vital esta transparência, esta partilha de informações em tempo real, não é uma história de pequenos jogos políticos ou de represálias”, disse.

Donald Trump, por seu lado, reafirmou manter “uma relação muito boa com a China” e com o seu homólogo Xi Jinping.

“Tenho um grande respeito pelo Presidente Xi, considero-o um amigo. É triste que tudo isto tenha escapado a qualquer controlo. Partiu da China e escapou a qualquer controlo”, acrescentou o Presidente norte-americano, que se referiu de novo ao “vírus chinês”, uma expressão que tinha já suscitado previamente uma forte reação negativa de Pequim.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.

A Espanha regista 1.002 mortes (19.980 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).

A China, por sua vez, informou não ter registado novas infeções locais pelo segundo dia consecutivo, embora o número de casos importados tenha continuado a aumentar, com 39 infeções oriundas do exterior.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.967 infeções diagnosticadas, incluindo 71.150 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.248.

Em Portugal, o número de vítimas mortais subiu esta sexta-feira para seis, o mesmo dia em que o país ultrapassou a barreira dos mil infetados - o número de casos confirmados é agora 1.020. Cinco pessoas já recuperaram.

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