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Coronavírus. Angola alarga restrições de entrada no país a Portugal, Espanha e França

18 mar, 2020 - 00:35 • Lusa

Angola tinha anteriormente restringido a entrada de cidadãos não residentes provenientes de países com transmissão comunitária do novo coronavírus, nomeadamente China, Coreia do Sul, Irão e Itália.

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Angola alargou terça-feira a lista de países com entrada restrita devido à Covid-19 a Portugal, Espanha e França, decretando quarentena obrigatória, de no mínimo 14 dias, para cidadãos nacionais ou residentes estrangeiros que tenham estado nestes países. Esta é uma das medidas decididas após reunião da Comissão Intermineisterial para a Resposta à Pandemia do Coronavírus, divulgadas em comunicado.

Angola tinha já restringido, a 3 de março, a entrada de cidadãos não residentes provenientes de países com transmissão comunitária do novo coronavírus, nomeadamente China, Coreia do Sul, Irão, Itália, impondo quarentena de 14 dias a cidadãos angolanos ou residentes estrangeiros.

A partir do dia 18 de março de 2020, a quarentena é alargada a "todos os cidadãos nacionais ou residentes, que em qualquer momento, no decurso desta pandemia, tenham estado em países com transmissão comunitária do novo coronavírus, nomeadamente China, Coreia do Sul, Irão, Itália, Portugal, Espanha e França ou em contacto com doentes afetados pela Covid-19", adianta-se no comunicado.

As medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, após auscultação do Comité de Especialistas Nacionais e Peritos da Organização Mundial de Saúde, incluem ainda manter a proibição da visita aos cidadãos abrangidos por esta decisão enquanto permanecerem nos locais de quarentena e manter a interdição do acesso público a estas áreas.

Foi decidido também reforçar as equipas e ações de resposta rápida e de vigilância epidemiológica nos níveis central, provincial e municipal, bem como nos pontos de entrada do país e recomendar a todos os organismos públicos e privados, a quarentena, de no mínimo 14 dias, de todos os funcionários que tenham regressado de países com transmissão comunitária ativa. É também recomendado evitar eventos públicos com mais de 200 pessoas.

A Comissão, que esteve reunida em Luanda para avaliar as medidas de prevenção e o Plano Nacional de Contingência para o controlo da pandemia Covid-19, recomendou ainda a necessidade de intensificar o trabalho de Educação Cívica para prevenir e conter a pandemia, bem como medidas de contenção social, evitando-se ao máximo grupos com grandes aglomerados, nomeadamente em eventos desportivos, culturais e religiosos. "Recomenda-se ao público a observar frequentemente medidas de higiene, participar em reuniões pequenas e estritamente necessárias, evitar deslocações desnecessárias, no interior e para o exterior do País", acrescenta-se no comunicado.

Foi decidido também reforçar o controlo da entrada de viajantes nos aeroportos, portos, terminais ferroviários e fronteiras terrestres.

Foi analisado igualmente o impacto social e económico da pandemia no mundo, em África, e em especial na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e avaliadas as possíveis consequências em Angola e medidas a serem tomadas.

A Comissão Interministerial apela à sociedade civil, igrejas, autoridades tradicionais, setor privado, no sentido de desencadearem iniciativas para a educação, sensibilização e prevenção junto das comunidades, indicando que casos suspeitos da doença devem ser relatados Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) através do número 111.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença. O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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