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Covid-19

Coronavírus. Material de proteção prestes a esgotar no Hospital de Santo António

17 mar, 2020 - 13:10 • Anabela Góis

O "stock" de equipamento está dependente de uma encomenda que deverá chegar ao hospital portuense nas próximas horas, adianta Eurico Castro Alves, diretor do departamento de cirurgia.

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O "stock" de material de proteção individual está a esgotar no Hospital de Santo António, no Porto. Eurico Castro Alves, diretor do departamento de cirurgia, diz, em entrevista à Renascença, que o equipamento à disposição dos profissionais de saúde ainda é suficiente para as necessidades, mas os próximos dias dependem de uma encomenda que deve chegar nas próximas horas.

“Estamos com dificuldades no abastecimento, mas neste momento ainda temos o que precisamos: as máscaras, os equipamentos e estamos a usar [esse material] na primeira linha, portanto, na urgência, no tratamento dos doentes com suspeita de infeção. Agora precisamos de mais material, precisamos de fornecer mais máscaras aos médicos. Temos a informação de que entre hoje [terça-feira] e amanhã receberemos um reforço de equipamentos. Se não viesse esse reforço ficávamos incapazes e sem recursos, mas penso que esse reforço de equipamentos estará para chegar”, confia.

Este alerta surge no dia em que aOrdem dos Médicos denuncia escassez, ou inêxistência em alguns casos, de equipamentos de proteção individual e informa que 20% dos doentes infetados com o novo coronavírus são médicos.

Oferta de 20 ventiladores para o Centro Hospitalar Universitário do Porto

Nestas declarações à Renascença, Eurico Castro Alves diz, ainda, que o Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) vai contar com uma oferta de ventiladores: “Por diligências do presidente da Câmara do Porto temos a promessa de que chegará nos próximos dias uma oferta de 20 ventiladores, o que é muito importante para estarmos prevenidos para uma eventualidade de maiores necessidades nas próximas semanas”.

Nesta altura há outras medidas que o hospital está a implementar, adianta o diretor de cirurgia do CHUP: “Estamos a diminuir o número de pessoas por metro quadrado. No hospital só estarão as pessoas que são completamente indispensáveis para assegurar os serviços também indispensáveis”.

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  • Camponio da beira
    17 mar, 2020 Viseu 13:32
    Aprendi no SMO que os veiculos, só vão para o parque (garjem depois de atestados e avarias reparadas se as houver. e armas só eram arrumadas depois de limpas. Se nos serviços publicos os stocks de material nunca baixassem dos 80 % (em vez de gastar dinheiro em carros topo de gama em muitos institutos e organismos de utilidade duvidosa, não chagriamos as esta miséria. Mas se se gasta na saude em função pib, e temos mais medicos que a média europeia, como pode estar a saude neste caos ?

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