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​Líder do CDS quer liderar a direita e evitar Centeno no Banco de Portugal

10 mar, 2020 - 14:12 • Paula Caeiro Varela

Francisco Rodrigues dos Santos pede uma "proposta de compromisso" que ofereça aos portugueses uma solução de Governo.

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O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, diz que a direita tem de travar a passagem de um governante a governador sem sequer um período de nojo. É uma questão de "salubridade da vida pública", considera Francisco Rodrigues dos Santos, referindo-se à saída do ministro das Finanças para o Banco de Portugal.

“A salubridade da vida publica exige que a direita se indigne e não permita que o ministro das Finanças passe de Governante a Governador. Quem quer deixar de ser jogador para passar a ser árbitro, tem pelo menos de esperar elo próximo campeonato, que é como quem diz, pela próxima legislatura”, afirmou o presidente do CDS na abertura da conferência do Movimento Europa e Liberdade, que decorre estas terça e quarta-feira, em Lisboa.

O líder democrata-cristão falou, também, sobre a necessidade de "uma lufada de ar fresco" na direita portuguesa.

“Mais do que federar, fundir ou coligar-se, o centro direita tem de se reconhecer num líder agregador, e os partidos têm de se reconciliar com os seus eleitores, consolidando a sua mensagem e procurando apresentar aos portugueses, num permanente diálogo entre si, um projeto autêntico e mobilizador, capaz de vencer eleições”, afirmou.

Sobre a estratégia para a direita poder voltar ao poder, o líder do CDS defendeu alianças nas eleições autárquicas e união nas presidenciais.

“No caso das eleições autárquicas, em listas comuns, sempre que isso sirva o melhor interesse das populações e sempre que isso permita vencer a esquerda; nas presidenciais, procurando unir em lugar de fragmentar; nas legislativas, construindo uma proposta de compromissos que ofereça aos portugueses uma solução de governo. Em todos os casos, a responsabilidade é enorme, e exige que todos saibamos estar à sua altura, sob pena de perdidos em agendas particulares e em jogos palacianos, sairmos do próximo ciclo eleitoral mais enfraquecidos do que entrámos”, enunciou.

Nessa estratégia, reclama protagonismo para o CDS. “Nunca, como hoje, foi tão evidente que só o CDS pode protagonizar esse discurso e essa mudança. Para cumprirmos os nossos objetivos, precisamos de ser mais. Mais exigentes, mais ativos, mais fortes, mais criativos e mais assertivos.

Mais exigentes quanto à nossa mensagem e aos nossos processos e à forma como, também através deles, nos credibilizamos. Mais ativos no recrutamento de novos quadros e na mobilização da nossa gente. Mais fortes na forma como intervimos e lideramos o debate político, como ouvimos e nos fazemos ouvir, dentro e fora das sedes. Mais criativos nos métodos e na forma como comunicamos a nossa mensagem. Mais assertivos na forma como, determinadamente, nos focamos nas nossas propostas e rejeitamos as agendas que nos querem impor”, afirmou Rodrigues dos Santos, que quer recuperar o “capital de confiança e credibilidade” que o CDS perdeu.

“Acredito profundamente que aqueles que procuraram o CDS fora do CDS, não o encontraram e não o vão encontrar. O CDS é a morada da direita popular, dos moderados reformistas, dos responsáveis inconformados, dos governantes cumpridores e dos patriotas sonhadores”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, que quer o CDS a personificar “a Primavera que a direita tem de atravessar para se reinventar e renascer.”

Comentários
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  • Martins
    10 mar, 2020 LX 16:24
    São pessoas como esta e como o Rio que facilitam o caminho ao Chega!

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