09 mar, 2020
A dupla da liderança ficou-se por dois empates, curiosamente por números iguais, pelo que eventuais alterações no atual estado de coisas tenham ficado transferidas para outra altura.
Na retina ficou, antes de tudo, mais uma descolorida exibição ao Benfica que lhe valeu dificuldades de tomo frente ao Vitória de Setúbal que esteve mais perto da vitória.
Apenas um triunfo nos últimos oito desafios deixa justificados motivos de preocupação à larga massa associativa de um clube com pergaminhos e com hábitos ganhadores.
Depois deste sábado triste, Bruno Lage ficou ainda mais no fio da navalha, com uma larga fatia dos seus antigos apoiantes virados agora para uma fação contrária. Mas não é apenas o treinador que está a ser posto em causa. Acompanham-no nesse vale de lágrimas muitos dos jogadores que ainda há poucos dias atrás eram incensados por muitos daqueles que agora os assobiam.
Apesar do descalabro benfiquista no estádio do Bonfim, os dragões não foram capazes de disso tirar partidos no jogo realizado na sua própria casa. E não foi por não estarem avisados para a qualidade do adversário e do seu futebol homogéneo, sob o comando de um técnico experiente.
Queixam-se os portistas da influência arbitral no desfecho do jogo com o Rio Ave, e até estão assistidos por razões perfeitamente compreensíveis.
Há, por isso, necessidade de mudar a agulha no tocante à atuação de alguns árbitros, que nesta ponta final dos campeonatos vão estar sob os mais rigorosos observadores.
Para além de tudo isto, emergiu neste domingo um facto que merece destaque e o aplauso de todos nós: Cristiano Ronaldo, o mais laureado futebolista português de todos os tempos, cumpriu ontem o seu jogo mil.
É a soma de muitos sucessos individuais e coletivos que devem encher todos os portugueses de orgulho.