06 mar, 2020 - 08:36 • Marina Pimentel
Depois de ter sido absolvido pela Justiça, o amante de Rosa tenta convencer a opinião pública de que nada teve a ver com o homicídio do triatleta Luís Grilo.
António Joaquim admite temer uma reviravolta no processo, se houver uma decisão em sede de recurso, para se repetir o julgamento.
“Foi feita justiça com a minha absolvição, nesta primeira instância”, diz António. Mas quando questionado se tem a mesma opinião em relação à condenação a 25 anos de cadeia de Rosa Grilo, o antigo amante afirma não conseguir responder. "Nunca duvidei quando a Rosa disse que Luís Grilo tinha saído para fazer um treino de bicicleta”, sublinha António.
No programa Em Nome da Lei, transmitido na íntegra no próximo sábado, explica que foi ele que mostrou a arma do crime a Rosa e confessa que tem um grande fascínio por armas.
A arguida foi condenada a três de março a 25 anos de prisão efetiva pelo homicídio do marido, enquanto António Joaquim, também acusado no processo, foi condenado a dois anos de prisão com pena suspensa.
A mulher foi também condenada à pena máxima por profanação de cadáver e detenção de arma proibida.
Rosa Grilo e António Joaquim foram a tribunal acusados do homicídio de Luís Grilo em julho de 2018, na sua casa nas Cachoeiras, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.
Na acusação, o Ministério Público (MP) atribuiu a António Joaquim a autoria do disparo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia. O crime teria sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima - 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.