28 fev, 2020 - 15:32 • Redação
Cinco arguidos foram condenados, esta sexta-feira, a prisão efetiva, no âmbito do caso "Jogo Duplo". O processo tem 27 arguidos e diz respeito à viciação de resultados na I e II Ligas de futebol, na época 2015/16.
São os cinco arguidos: Carlos Silva "Aranha" (seis anos e nove meses de prisão); o empresário Gustavo Oliveira (seis anos e meio, além de ter sido proibido de exercer funções de treinador nos próximos três anos); Rui Dolores (cinco anos e meio de prisão); Hugo Guedes (cinco anos e nove meses); e João Tiago Rodrigues (cinco anos e dois meses).
Abel Silva, antigo jogador do Benfica e considerado um dos principais arguidos do processo, foi condenado a dois anos de pena suspensa e proibido de exercer funções desportivas.
O Leixões, acusado de um crime de corrupção ativa, foi condenado a dois anos de proibição da I e II Ligas de futebol e multado em 60.000 euros.
"Jogo Duplo"
Em causa o papel do clube de Matosinhos no caso "J(...)
O Ministério Público (MP) pedia a condenação de todos os arguidos. Segundo o despacho de acusação, entre agosto de 2015 e 14 de maio de 2016, os arguidos “constituíram um grupo dirigido à manipulação de resultados de jogos das I e II ligas de futebol ('match-fixing') para efeito de apostas desportivas internacionais”, através de "um esquema de apostas fraudulentas de caráter transnacional", envolvendo empresários asiáticos, nomeadamente, da Malásia.
“Para tanto, aliciaram jogadores de futebol em Portugal para que estes interferissem nos resultados das competições desportivas em prejuízo das equipas que representavam, da integridade das competições, defraudando sócios e investidores dos clubes, espetadores e patrocinadores”, sustentava a acusação.
O MP sublinha na acusação que os arguidos terão recebido quantias “não inferiores" a 5.000 euros e lucrado com apostas cujos resultados “sabiam de antemão”.