27 fev, 2020 - 11:44 • Marta Grosso , Olímpia Mairos (em Bragança) com redação
O Governo português diz estar atento à evolução e propagação do novo coronavírus, mas garante ser ainda cedo para fechar escolas ou encerrar fronteiras. No entanto, o primeiro-ministro admite que repensar as viagens de estudantes na Páscoa pode ser útil.
“No momento em que não temos nenhum caso ainda verificado, não se justifica estar a encerrar escolas ou qualquer medida do género”, começou por dizer aos jornalistas, em Bragança.
“Ontem [quarta-feira], já houve uma recomendação do senhor ministro da Educação, no sentido de, nas férias da Páscoa, que é um período em que muitas vezes há viagens de finalistas, talvez fosse recomendável evitar-se viagens de finalistas, sobretudo para zonas onde já sabemos que já se verificou risco e também viagem de finalistas para o estrangeiro, porque pode aumentar as situações de contaminação e risco”, prosseguiu António Costa.
Quanto aos portugueses que estão retidos no Irão, o chefe do executivo diz que estão a ser acompanhados.
“Aquilo que temos feito sempre relativamente aos portugueses que têm estado em zonas de risco no estrangeiro ou sob suspeita de estarem contaminados, é manter contactos com as autoridades e tratar de assegurar que sejam criadas melhores condições para poder ser gerida a sua situação”, frisou.
surto
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que não exi(...)
Os casos suspeitos em Portugal são todos de pessoas vindas de Itália, mais concretamente de Milão. António Costa garante estar a acompanhar de perto as situações, juntamente com a associação do setor do calçado, dado que estas pessoas “tinham estado na feira de Milão, de calçado”.
“Contactámos já a APICAP, que é a associação do calçado, logo no fim de semana, e as pessoas têm estado a ser informadas. Mas, em qualquer caso de dúvida, o que é muito importante é que as pessoas utilizem a Linha Saúde 24”, sublinhou.
Portugal está, até ao momento, sem qualquer caso de Covid-19, mas aguardam-se ainda os resultados das análises aos oito casos suspeitos que estão internados em hospitais do Porto e de Lisboa.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), todos os doentes vieram do Norte de Itália, incluindo duas crianças.
O novo coronavírus já afeta 50 países e territórios.