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Terceira morte em Itália devido ao coronavírus

23 fev, 2020 - 17:02 • Lusa

Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças classificou de "essenciais" as medidas extraordinárias tomadas pelas autoridades italianas para conter o surto da doença.

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Coronavírus. Estado de emergência leva italianos a esvaziarem prateleiras de supermercados
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As autoridades regionais da Lombardia, em Itália, revelam que se registou mais uma morte devido ao coronavírus. Trata-se de uma idosa, residente em Crema, a este de Milão. A mulher tinha também um cancro. Com este caso mortal, sobe para três o número de mortes em Itália.

O Ministério da Saúde de Itália aumentou para 157 o número de infetados, 26 em estado grave, em quatro regiões, depois de realizar quase 3.000 análises de suspeitos.

Onze locais, com um total de cerca de 50.000 habitantes, foram isolados, o Carnaval de Veneza foi cancelado e as aulas foram suspensas em escolas de três regiões italianas. O conhecido Teatro alla Scala, de Milão, suspendeu este domingo todas as suas atividades.

Em Londres, o Chief Medical Officer, cargo equivalente ao de diretor-geral de Saúde, anunciou este domingo que análises confirmaram a presença do Covid-19 em quatro das 32 pessoas retiradas do navio de cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi confirmada a infeção de um português. Os novos casos elevam para 13 o número total de infetados no Reino Unido.

Os 30 britânicos e dois irlandeses, que chegaram no sábado a Londres, foram infetados a bordo do Diamond Princess, segundo o Chief Medical Officer, o epidemiologista Chris Whitty, embora não tenham apresentado sintomas à entrada para o voo que os transportou do Japão.

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) classificou de "essenciais" as medidas extraordinárias tomadas pelas autoridades italianas para conter o surto do novo coronavírus no norte do país.

Em comunicado, a organização sediada em Estocolmo alertou para a expectativa de aumento do número de casos confirmados em Itália e noutros países europeus, nos próximos dias.

"Essas medidas extraordinárias no norte da Itália são essenciais para limitar o surto e podem precisar de ser replicadas noutras comunidades nos próximos dias", escreve o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, no comunicado divulgado este domingo.

O organismo refere ainda que está a acompanhar de perto a situação e que se mantém em contacto próximo com as autoridades italianas de saúde, para "fornecer toda a assistência necessária nesta fase, e apoiar os seus esforços para limitar a transmissão local".

"Como a situação está a evoluir rapidamente, são esperados mais casos em Itália e possivelmente na União Europeia nos próximos dias", acrescentaram especialistas do ECDC.

Desde que foi detetado no final do ano passado, na China, o coronavírus Covid-19 provocou 2.467 mortos e infetou mais de 78 mil pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, em particular na província de Hubei, no centro do país, a mais afetada pela epidemia.

Além de 2.442 mortos na China continental, morreram oito pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, cinco na Coreia do Sul, duas em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e uma em Taiwan.

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