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Capristano: "Exibição frente ao Shakhtar não é condizente com o prestígio do Benfica"

21 fev, 2020 - 12:45 • Redação

Antigo dirigente encarnado refere que o Benfica está longe do que já se viu com Bruno Lage. Capristano realça necessidade de vencer o Gil Vicente na jornada 22 da I Liga, já que espera facilidades na receção do FC Porto ao "amigo" Portimonense.

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José Manuel Capristano é um dos rostos da preocupação em torno do atual momento de forma do Benfica. Em declarações a Bola Branca, o antigo dirigente salienta que a exibição das águias frente ao Shakhtar Donetsk "não é condizente" com o "prestígio e o nome" do clube.

Capristano refere que o Benfica está a jogar "francamente mal" e sublinha que "quase não há exceções" entre os jogadores. Para o antigo diretor de futebol do clube, o que está a acontecer é "esquisito".

"As camisolas são as mesmas, os jogadores são praticamente os mesmos, mas não sei o que se passa", reforça.

Questionado sobre uma possível crise de confiança, José Manuel Capristano manifesta alguma incredulidade, uma vez que, no seu entendimento, não há razões para tal.

"Ainda estamos em primeiro lugar no campeonato. Tivemos o resultado que tivemos ontem e temos todas as hipóteses de passar a eliminatória. Porque é que há crise de confiança?", questiona, sem deixar de acrescentar que se admite "a quebra de forma de um jogador ou outro", mas que não da equipa toda.

Bruno Lage foi solução uma vez e tem de o ser novamente


Capristano mantém a confiança na estrutura do clube, mas espera que esta encontre "o remédio a tempo" de resolver os problemas.

"É preciso confiar em quem lá está, em termos de estrutura técnica. Peço que façam um esforço titânico para ver o que é que não está bem, porque se vê de olhos fechados que algo não está", refere o antigo dirigente, que não esquece a "epopeia épica" que Bruno Lage liderou na temporada passada, embora se manifeste apreensivo com a perceção atual do treinador, quanto ao futebol praticado pela equipa:

"Tenho grande apreço pelo Bruno Lage e não me esqueço do que ele nos deu no ano passado. Mas, este ano, ele é capaz de ver os jogos que eu não vejo. Eu não vejo que o Benfica tenha feito a exibição que ele diz que fez."

Deslocação a Barcelos é oportuna


José Manuel Capristano antevê um jogo "bastante difícil" frente ao Gil Vicente, na próxima segunda-feira, na jornada 22 do campeonato.

Contudo, acredita que os gilistas são um obstáculo que vem "numa altura muito oportuna", uma vez que o Benfica tem a chance de dar um pontapé na crise, ao vencer num terreno onde nem FC Porto, nem Sporting conseguiram vencer.

"Espero bem que consigamos ultrapassar este obstáculo para voltarmos a ser o que temos sido sempre: uma equipa de campeões que se esforça para ganhar", reitera.

Capristano nem quer ouvir falar em mais um soluço do Benfica na Liga, visto que, segundo o antigo dirigente, o FC Porto vencerá tranquilamente o Portimonense, no domingo.

"Mesmo faltando muito campeonato, entraria a galvanização, por um lado, e a desmobilização, pelo outro. O FC Porto ganha ao Portimonense, até porque se trata de um clube amigo. Não digo isto de forma depreciativa. É um clube que está nos últimos classificados e que tem boas relações com o FC Porto. Vão ganhar com facilidade", termina.

O Gil Vicente-Benfica está agendado para segunda-feira, às 19h30, no Estádio Cidade de Barcelos. Encontro que terá relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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  • Juíz Vermelho
    22 fev, 2020 Catedral da Luz 13:32
    O problema de Lage são 3 problemas: permeabilidade a interferências no escalonamento, venham elas da Direção ou de empresários, plantel curto e sem grandes jogadores o que tem sido mascarado por alguns bons resultados mas que agora foi "destapado" e está a ser explorado em grande pelos adversários, teimosia na manutenção de alguns jogadores (Ferro e seferovic, por exemplo, um é facilmente ultrapassado, outro está estático como se aquilo não lhe dissesse respeito) na equipa principal e equívocos no escalonamento que fazem com que a Defesa ande aos papeis, ninguém saiba o que fazer no meio-campo que não pressiona os adversários, e um ataque que tem mascarado alguma coisa, mas já não consegue esconder o que se passa "lá atrás".

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