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Voos suspensos

TAP pergunta "quem vai pagar a conta?" da supensão das ligações com a Venezuela

20 fev, 2020 - 15:11 • Ana Rodrigues

“Este problema tem uma repercussão negativa na marca TAP e também tem diversas consequências para o país”, diz o presidente-executivo da companhia aérea.

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O presidente-executivo da TAP, Antonaldo Neves, diz que a suspensão dos voos da TAP para a Venezuela representa prejuízos de, pelo menos, 10 milhões de euros e pergunta: “Quem vai pagar a conta?”.

Antonaldo Neves sublinhou, esta quinta-feira, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2019 que este valor representa unicamente o impacto financeiro direto da suspensão de voos com duração de 90 dias.

"Assim, torna-se difícil programar a atividade da TAP e apresentar resultados positivos”, lamentou o CEO da TAP, acrescentando: "Se somarmos a esta parcela de 10 milhões de euros outras tantas relacionadas com problemas alheios à empresa torna-se difícil ter resultados positivo.”

“Este problema tem uma repercussão negativa na marca TAP e também tem diversas consequências para o país”. sublinhou Antonaldo Neves.

Para o gestor, “agora é o momento de proteger os passageiros” e a companhia está, desde o início desta semana, a redirecionar os passageiros com destino a Caracas para outras companhias aérea, situação que, segundo Neves, "seria cómica se não fosse trágica".

“Quem vai pagar esta conta?”, questionou.

ANA criticada

Nesta conferencia de imprensa , o CEO da TAP lançou também duras criticas à Ana - Aeroportos, afirmando que a TAP "está há dois anos sem fazer os investimentos necessários e vai parar de investir e de crescer”.

Antonaldo Neves referia-se ao facto da ANA não fazer os investimentos co0nsiderados necessários para que o aeroporto de Lisboa cresça, lamentando não haver sequer uma data para a conclusão das obras na pista e das saídas rápidas.

A companhia aérea anunciou, esta quinta-feira, prejuízos de 105,6 milhões de euros em 2019, mas, apesar disso, para os seus gestores, a empresa "está no bom caminho”.

O presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, disse que, no ano passado, a empresa investiu 1,5 mil milhões de euros na renovação da frota, o que constitui o investimento de maior magnitude que se fez em Portugal, em 2019. Segundo Frasquilho, também "tem investido muito na pontualidade".

Quanto aos prémios que poderão ser atribuídos a alguns trabalhadores , numa altura em que a empresa apresenta prejuízos, Antonaldo Neves adiantou que “a comissão executiva não comenta política de remuneração, nem comenta comentários de outros”, numa reação às declarações do ministro das Infraestruturas que considerou o procedimento uma "falta de respeito".

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