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​Bispo de Vila Real. “O cristão não pode ignorar as injustiças, nem esquecer o compromisso na defesa dos mais frágeis”

19 fev, 2020 - 21:25 • Olímpia Mairos

Renúncia quaresmal destina-se “à criação de um Fundo Social Diocesano para responder a situações de emergência social ou a outras solicitações de apoio por parte de pessoas, famílias ou instituições em grave necessidade”.

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O bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto, afirma na sua mensagem para a Quaresma, que este “é um tempo forte para caminharmos para uma vida mais pascal”.

Neste contexto, D. António Augusto explica que a liturgia deste tempo “constitui um grande apelo para a redescoberta do significado do sacramento do batismo e suas implicações na vida quotidiana”.

“Percorrer este caminho de 40 dias com a Igreja, favorecerá o reencontro com Cristo pascal e o assumir de uma identidade cristã mais purificada, alegre e comprometida”, salienta o prelado.

O bispo de Vila Real exorta, assim, todos os cristãos da diocese a “aproveitarem este tempo da Quaresma, para caminhar ao encontro de Cristo ou a deixar-se encontrar por Ele, para redescobrirem o seu verdadeiro rosto no Crucificado-Ressuscitado”.

“Viver uma Quaresma autenticamente cristã ajudará cada um a redescobrir a sua identidade batismal e o ideal de santidade que ela comporta”, escreve o bispo de Vila Real.

Segundo D. António Augusto, os exercícios que a tradição da Igreja propõe para este tempo, como a oração mais intensa, um jejum significativo e uma caridade mais efetiva, “favorecem a santificação do crente”.

“Estas práticas, inspiradas na sabedoria do Evangelho, são necessárias para quem vive neste mundo imerso numa febre consumista e úteis para promover um estilo de vida diferente, mais simples, sóbrio, saudável e solidário, logo mais feliz”, assinala D. António Augusto.

Na sua mensagem para a Quaresma, o bispo de Vila Real recorda, também, que “a fidelidade ao batismo” desperta em nós a “vocação à santidade”, “um ideal que não pode ignorar as injustiças do mundo, nem pode esquecer o compromisso na defesa dos mais frágeis”.

“A vida humana é sempre digna e sagrada, desde o início até ao fim, incluindo ‘a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono e na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, de novas formas de escravatura e em todas as formas de descarte’”, explicita o prelado.

O bispo de Vila Real evoca ainda a quaresma como “um tempo propício para que o cristão valorize o sacramento da reconciliação”, “sinal insubstituível, a expressão maior de um Deus que nunca se cansa de perdoar” e nos “permite levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos defrauda e sempre nos pode restituir a alegria”.

“Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o que suceder”, exorta D. António Augusto.

A concluir a sua mensagem quaresmal, D. António Augusto faz saber que a renúncia quaresmal da Diocese de Vila Real, a que todos são convidados a aderir, é destinada “à criação de um Fundo Social Diocesano para responder a situações de emergência social ou a outras solicitações de apoio por parte de pessoas, famílias ou instituições em grave necessidade”.

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