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Vila Real

GNR alerta para o perigo das bombas de Carnaval

19 fev, 2020 - 06:30 • Olímpia Mairos

Com uma laranja, um melão e um pé de porco, onde são introduzidos pequenos explosivos, os militares mostram aos estudantes os possíveis efeitos das brincadeiras com as chamadas bombinhas.

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A GNR de Vila Real está a realizar ações de sensibilização em várias escolas do distrito, para alertar os mais novos para os perigos das “bombas de Carnaval”.

Na Escola EB 2,3 de Peso da Régua, os militares da GNR serviram-se de uma laranja, um melão e um pé de porco, onde foram introduzidos pequenos explosivos, para mostrarem aos estudantes as possíveis consequências do uso destes materiais.

“Nós tentamos aproximar o máximo da realidade utilizando sempre conceitos pedagógicos de forma a conseguirmos levar a nossa mensagem e ela seja recebida da melhor forma”, refere o primeiro-sargento Pedro Feliciano, chefe da Equipa de Inativação de Engenhos explosivos do Comandando Territorial de Vila Real, à Renascença.

O militar explica às crianças que “uma das coisas que não se deve fazer é a introdução de artigos pirotécnicos no interior de determinadas coisas, nomeadamente garrafas, latas ou outro tipo de contentores”. E acrescenta: “para, de uma forma mais educativa demonstrarmos os efeitos que elas produzem, vamos ver aqui qual é o efeito que um artigo pirotécnico produz no interior de uma laranja”.

Os estudantes reagem com a surpresa do rebentamento, mas, depois, frisa o militar da GNR, “ficam com uma noção mais aproximada dos efeitos que os artigos pirotécnicos produzem, uma vez que conseguem ver a forma como a laranja ou outro artigo é destruído e conseguem ver qual é o efeito que aquilo produz, caso estivesse a ser manipulado nas nossas mãos e se rebentasse”.

Com estas iniciativas nas escolas, a GNR pretende “alertar os mais jovens, porque é nestas faixas etárias onde é frequente o uso deste tipo de artigos, para o perigo que estes artigos provocam na sua segurança”, que podem ir “de queimaduras até à perda de algum membro”, acrescenta o alferes João Ribeiro.

Segundo a GNR, as partes do corpo humano mais afetadas são as mãos, os dedos, a cabeça, a face, os ouvidos e os olhos.

“Atenuar possíveis problemas é sensibilizar para a perigosidade”

Os vários exercícios, ou demonstrações, são feitos em diálogo com os estudantes que vão reagindo com alguma surpresa, expressões de susto, quando algum explosivo rebenta, e vários aplausos.

Na ação de sensibilização e prevenção, na escola da Régua, estiveram presentes mais de uma centena de estudantes do 5º ano e alguns professores.

“Estiveram aqui a fazer umas coisas, para nos explicarem que não devemos usar bombas de carnaval, porque podem ser muito perigosas”, conta Paula, de 10 anos.

Eduardo Costa, de 10 anos, diz que gostou “muito das explicações e das demonstrações que fizeram” e que “não imaginava que fosse assim”. “O melão e a laranja rebentaram mesmo. Foi muito giro”, acrescenta.

Também António, de 11 anos, refere que gostou da experiência e ficou “mais informado sobre os perigos de certas brincadeiras”.

“Não devemos nunca usar essas coisas, porque nos pode acontecer algo muito mau. E aprendi que, se nos disserem para brincar com elas, não devemos aceitar”.

Para o diretor do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Salvador Ferreira, estas ações da GNR em parceria com a escola surgem “no sentido de prevenir hipotéticas situações graves que podem acontecer com os explosivos que se vendem, às vezes, em lojas”.

“A forma de nós atenuarmos possíveis problemas é fazermos a prevenção, sensibilizar os alunos para a perigosidade que têm ou que encerram estes explosivos que se encontram à venda aí, às vezes, sem qualquer cuidado, por casas que não deviam fazê-lo”, frisa o professor.

As ações de sensibilização estão a ser promovidas pela Secção de Prevenção Criminal e de Policiamento Comunitário de Peso da Régua da GNR e já passaram pelos agrupamentos de escolas de Alijó, Sabrosa, Mesão Frio, Santa Marta de Penaguião e Régua.

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