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Relatório

Portugal em 22.º lugar entre 180 países no desenvolvimento saudável das crianças

18 fev, 2020 - 23:36 • Lusa

Tabela é liderada pela Noruega, Coreia do Sul e pelos Países Baixos. Relatório destaca que nenhum dos 180 países analisados apresenta bom desempenho nos três indicadores: desenvolvimento saudável para as crianças, sustentabilidade e equidade.

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Portugal surge no 22.º lugar entre 180 países do mundo no que respeita ao desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, num ranking construído pelas Nações Unidas e pela revista científica The Lancet.

A Organização Mundial da Saúde, a UNICEF e a The Lancet criaram um ranking que pretende traduzir o estado da saúde infantil e de bem-estar, que mede as condições fundamentais para as crianças prosperarem. Nesse ranking, Portugal surge em 22.º lugar, numa tabela liderada pela Noruega, Coreia do Sul e pelos Países Baixos. Segue-se França, Irlanda, Dinamarca, Japão, Bélgica, Islândia, Reino Unido e Luxemburgo. Atrás de Portugal ficaram países como a Itália, Israel, Polónia ou Nova Zelândia.

Portugal obteve uma pontuação de 0,90 no nível que conjuga possibilidade de sobrevivência e prosperidade, quando a pontuação máxima é 1. Contudo, o máximo atribuído foi 0,95, pontos conquistados por apenas cinco países.

“O objetivo final dos objetivos do desenvolvimento sustentável é garantir que todas as crianças são capazes de se desenvolver e levar vidas felizes e significativas, agora e no futuro”, recorda o relatório divulgado esta terça-feira.

O documento divulga ainda um índice da sustentabilidade dos vários países, que tem em conta critérios ambientais, como as emissões de dióxido de carbono, que contribuem para as alterações climáticas. Portugal surge nesta tabela no 129.ª lugar, a par de vários países europeus. Aliás, ao nível das emissões poluentes, os países mais pobres são os que apresentam melhores indicadores, encontrando-se nos primeiros lugares o Burundi, Chade e Somália.

O relatório destaca que nenhum dos 180 países analisados apresenta bom desempenho nos três indicadores: desenvolvimento saudável para as crianças, sustentabilidade e equidade.

Todos os países do mundo estão a falhar proteção da saúde das crianças

Nenhum país do mundo está a proteger adequadamente a saúde das crianças, o seu ambiente e futuro, segundo um relatório das Nações Unidas e da revista The Lancet hoje divulgado. O documento defende que a saúde e o futuro das crianças e adolescentes em todo o mundo estão sob ameaça imediata pela degradação ecológica, pelas alterações climáticas e pelas práticas exploradores de ‘marketing’ que promovem ‘fast food’, bebidas açucaradas, álcool e tabaco.

O relatório da Organização Mundial de Saúde, da UNICEF e da The Lancet compara os vários países em termos de medidas de bem-estar e de promoção da saúde das crianças e adolescentes, bem como questões de educação e de sustentabilidade.

Enquanto os países mais pobres precisam de fazer mais em termos de condições de vida e de cuidados de saúde, a questão da emissão de gases poluentes afeta todos os países e ameaça o futuro de todas as crianças e jovens.

Se o aquecimento global ultrapassar os quatro graus até 2100, de acordo com as projeções recentes, haverá consequências devastadoras para as crianças, devido à subida do nível dos mares, de ondas de calor e da proliferação de doenças como a malária, o dengue e também a malnutrição.

O índice global divulgado hoje mostra que as crianças da Noruega, dos Países Baixos e da Coreia do Sul têm os melhores níveis de esperança de vida com qualidade, enquanto as da República Centro Africana, Chade, Somália, Níger e Mali surgem com as piores probabilidades de uma vida com saúde e qualidade. “Mais de dois mil milhões de pessoas vivem em países onde o desenvolvimento é dificultado por crises humanitárias, conflitos e desastres naturais e por problemas intimamente ligados às alterações climáticas”, refere um dos responsáveis da comissão que elaborou o relatório.

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  • António dos Santos
    19 fev, 2020 Coimbra 02:03
    Não é de admirar, porque as câmaras, fazem acordos com empresas, que fornecem alimentação de pouca qualidade e quantidade. Mas isto, só acontece, porque quem deve controlar as refeições, fecham os olhos. O que deixa no ar muitas duvidas dessas pessoas.

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