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Madeira. Dezenas de médicos voltam a exigir demissão imediata de diretor clínico

18 fev, 2020 - 06:50 • Redação com Lusa

A polémica em torno da nomeação do diretor clínico do Serviço de Saúde da Madeira levou a uma demissão em bloco que não foi aceite.

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Continua a contestação em torno do novo diretor clínico do Serviço Regional de Saúde da Madeira. Mário Pereira, médico ortopedista do Serviço Regional de Saúde (Sesaram), é também ex-deputado do CDS-PP no parlamento madeirense.

Um grupo de 45 médicos, entre eles 29 diretores de serviço, continuam a exigir a demissão imediata de Mário Pereira.

Após nova reunião na última noite, os profissionais voltaram a sublinhar que “há razões legais de partidarização, falta de legitimidade para o cargo e o não reconhecimento pelos colegas”. Esta posição foi assumida numa declaração, sem direito a perguntas, no final deste encontro.

O secretário com a tutela no Governo Regional insiste que a polémica resolve-se com diálogo. “Acho que todos nós podemos ter uma opinião diferente. É isso que faz fortalecer o nosso Serviço Regional de Saúde”, declarou Pedro Ramos aos jornalistas, na segunda-feira, à margem de uma conferência que assinala os 38 anos do Serviço Regional de Proteção Civil.

A 7 de fevereiro, o médico Mário Pereira tomou posse como diretor clínico do SESARAM, nomeado pelo Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, após a polémica que motivou o afastamento de Filomena Gonçalves, inicialmente apontada para o cargo de diretora clínica.

Notícias divulgadas pelos órgãos de comunicação social regionais davam conta de que cerca de 90% dos diretores de serviço do Sesaram se opunham à alteração dos estatutos, de modo a permitir a nomeação de Filomena Gonçalves, indicada pelo CDS-PP.

Os estatutos do Sesaram determinam que a direção clínica deve ser assumida por um médico dos quadros, ao passo que a médica exerce a atividade no setor privado. Na sequência destas revelações, Filomena Gonçalves manifestou-se indisponível para o cargo, considerando também ter sofrido uma "humilhação pública".

Apesar de o novo diretor clínico ter apelado à pacificação, 33 dos 50 diretores de serviço do Sesaram apresentaram a demissão em protesto pela nomeação, mas não foi aceite.

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