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Sindicatos dos médicos queixam-se que Governo "menospreza negociação"

17 fev, 2020 - 21:02

“Mais de quatro anos depois do início do processo negocial com um Governo liderado pelo atual primeiro-ministro, continuamos sem ter resposta em relação aos aspetos considerados prioritários", refere o comunicado conjunto do Sindicato Independente dos Médicos e da Federação Nacional dos Médicos.

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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) queixaram-se esta segunda-feira de que “o Governo menospreza a negociação com os sindicatos médicos”, após a primeira reunião negocial com a tutela nesta legislatura.

Num comunicado conjunto, os dois sindicatos dizem que se reuniram hoje, pela primeira vez na atual legislatura, com o Ministério da Saúde, representado pelo secretário de Estado, e lamentam “o sinal político dado pela ausência da ministra”, Marta Temido.

“Mais de quatro anos depois do início do processo negocial com um Governo liderado pelo atual primeiro-ministro, continuamos sem ter resposta em relação aos aspetos considerados prioritários, nomeadamente revisão das grelhas salariais, a abertura regular de concursos para garantir a carreira médica, redução de 18 para 12 horas de trabalho normal no serviço de urgência, redimensionamento da lista de utentes dos médicos de família, regulamentação do complemento da autoridade de saúde e a discussão de regime de dedicação exclusiva”, refere o comunicado.

O SIM e a FNAM sublinham que, “apesar do espírito construtivo e de abertura” por parte dos sindicatos médicos, “continuam por esclarecer quais as medidas concretas propostas, sendo certo que os sindicatos não poderão ficar impávidos perante esta situação”.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da FNAM, Noel Carrilho, explicou que na reunião de hoje, de apresentação nesta legislatura, os sindicatos expressaram ao secretário de Estado da Saúde a deceção pelo facto de a ministra “ter optado por não estar presente” e consideram que está “é uma má nota política”.

Noel Carrilho afirmou que na reunião foram aflorados alguns assuntos de uma forma ligeira, acrescentando que se for a “mesma forma negocial que os espera não se prevê nada de bom” para esta legislatura.

O dirigente sindical disse ainda que os problemas da classe médica já foram identificados e discutidos na anterior legislatura e que aguardam agora quais as medidas específicas que o executivo quer apresentar para resolver os problemas da classe e só depois, eventualmente, apresentadas medidas de luta.

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