09 fev, 2020 - 12:24 • Marina Pimentel , Cristina Nascimento
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O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, defende “uma sociedade paliativa” contra uma “sociedade suicidária”.
Na homília da missa deste domingo, celebrada na Casa de Saúde de Idanha, em Belas, concelho de Sintra,, D. Manuel Clemente aludia à necessidade de recusar práticas como a eutanásia ou o suicídio assistido, criticando quem já optou por essas vias.
“Quando uma sociedade entra por esses caminhos, como infelizmente já se verifica nalgumas que já foram por aí, dizendo, ao principio, que era só situações extraordinárias e especiais e depois essa mentalidade suicida alarga-se a toda a sociedade, que se torna ela própria suicidária também”, disse D. Manuel.
“Nós queremos exatamente o contrário, queremos uma sociedade que acompanhe, uma sociedade paliativa”, acrescentou.
O cardeal patriarca explicou que a “palavra paliativa significa que acolhe, que envolve, que acompanha, que protege”.
D. Manuel Clemente considerou ainda que quem vira as costas ao outro, vira as costas a si próprio e adianta que, na mensagem para o Dia Mundial do Doente, que se celebra na terça-feira, o Papa Francisco diz que todos os profissionais de saúde não podem nunca esquecer que não tratam doenças, mas sim doentes.
A Assembleia da República agendou para 20 de fevereiro o debate dos projetos do BE, PS, PAN e PEV sobre a despenalização da eutanásia em Portugal.
Em 2018, a Assembleia da República debateu projetos de despenalização da morte medicamente assistida do PS, BE, PAN e Verdes, que foram chumbados numa votação nominal dos deputados.