Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Administração Interna

Detenções por violência doméstica aumentaram 17,5% em 2019

04 fev, 2020 - 18:32 • Lusa

Número de detenções fixou-se em 944. Face a 2018, há uma subida em 17,5%. Nas denúncias, o cresciemnto é de 11,5%.

A+ / A-

As detenções por violência doméstica aumentaram 17,5% no ano passado em relação a 2018, totalizando 944, e as denúncias apresentadas às forças de segurança subiram 11,5%.

Os dados de 2019 sobre violência doméstica foram avançados esta terça-feira pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, na apresentação pública do projeto-piloto “qualificar a segurança com a inteligência coletiva - a Violência Doméstica”, que decorreu na Escola da Guarda Nacional Republicana, em Queluz.

Segundo o ministro, as forças de segurança detiveram 944 pessoas por violência doméstica em 2019, enquanto em 2018 foram detidas 803.

No ano passado, a PSP e a GNR registaram 29.400 denúncias relacionadas com violência doméstica e em 2018 verificaram-se 26.400, indicou Eduardo Cabrita, frisando que este crescimento foi mais significativo nas áreas rurais e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

O governante acrescentou que este crescimento se verificou sobretudo na área de intervenção da Guarda Nacional Republicana, que passou de 11.913 casos denunciados em 2018 para 13.478 no ano passado.

De acordo com dados avançados pela GNR, na área de intervenção desta força de segurança, os meios rurais, foram detidas 259 pessoas em 2019 e no ano anterior o número situava-se nos 205.

No entanto, Eduardo Cabrita referiu que o total das 944 detenções teve “maior incidência nas áreas urbanas”.

O ministro da Administração Interna sublinhou também que o crescimento do reporte de denúncias decorre de uma realidade que existia, mas “estava escondida” nas relações familiares, além da “intervenção proativa das forças de segurança”.

Enquanto que Portugal regista, desde há quatro anos, “uma significativa redução da criminalidade”, tanta a violenta e grave como a geral, na área da violência doméstica ocorre o contrário em que as queixas têm aumentado, disse.

Eduardo Cabrita garantiu ainda que o Governo “deu instruções claras às forças de segurança” para que as questões de violência doméstica fossem “uma área prioritária”.

Nesse sentido, destacou a formação que está a ser ministrada aos polícias e o aumento de espaços reservados a atendimentos das vítimas de violência doméstica nas instalações policiais.

Na apresentação deste projeto-piloto, que associa a aplicação da metodologia da inteligência coletiva à predição, prevenção, dissuasão e repressão do fenómeno criminal de violência doméstica, esteve também presente a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+