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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Jogar mais e falar menos

03 fev, 2020 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo são dois belos exemplos num tempo em que, por cá, se fala muito mais do que se joga, e em que as arbitragens se mantêm na crista da onda pelas piores razões.

Há uma semana, o Sporting dobrou a segunda volta vencendo tangencialmente o Marítimo mas, logo a seguir, voltou a enfrentar o cabo das tormentas. E, em Braga, acumulou a sua sétima derrota neste campeonato, passando por isso a situar-se a 22 pontos do guia da classificação, o Benfica que, ao contrário continua a somar vitórias e a deixar claros indícios de que só uma hecatombe o fará desviar da conquista de mais um campeonato.

Diz-se, e muito a propósito, que no próximo sábado poderemos ter pela frente o jogo da clarificação. E, quando então terminar o Futebol Clube do Porto-Benfica, se ficará a saber qual o rumo que a nossa prova maior prosseguirá nos três meses que vão seguir-se.

Atrasado sete pontos, o maior clube da Invicta não pode furtar-se a encarar a realidade de forma muito séria. Pode jogar-se o título na próxima jornada? Sem dúvida. E, por isso, aos portistas só uma vitória pode permitir o abandono dos cuidados intermédios, e continuar a pensar que ainda é possível evitar o internamento nos cuidados intensivos. Não o conseguindo, nenhum outro parceiro seu se afigura capaz de reverter a situação dos comandados de Bruno Lage, o que passará a evitar a possibilidade de fazer novas apostas.

Na jornada agora concluída Bruno Fernandes voltou a ser figura de proa.

Não por ter voltado a vestir de leão ao peito, mas porque fez questão de estar em Braga para assistir à atuação do “novo” Sporting. E, também, porque na véspera, havia assinado a sua estreia no seu novo clube, o Manchester United, e aí considerado o homem do jogo, o que, não temos dúvidas, irá acontecer muitas vezes.

E, neste domingo, Cristiano Ronaldo, com dois golos frente à Fiorentina, assinou o golo 50 ao serviço da ‘vechia signora’, continuando a ser figura relevante no futebol transalpino.

Valham-nos estes dois belos exemplos num tempo em que, por cá, se fala muito mais do que se joga, e em que as arbitragens se mantêm na crista da onda pelas piores razões.

É o cumprimento de uma sina. A nossa triste sina….

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