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OE 2020. Centeno acusa PSD de "irresponsabilidade" por propor agravar o défice em 2,2 mil milhões

28 jan, 2020 - 15:50 • Lusa

Ministro das Finanças fez as contas às propostas de alteração ao Orçamento do Estado dos social-democratas.

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O ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, afirmou esta terça-feira que as propostas de alteração ao Orçamento do PSD agravam o défice em 2,2 mil milhões de euros, acusando os sociais-democratas de baterem todos os partidos em "irresponsabilidade".

Mário Centeno fez estas críticas ao PSD no almoço de abertura dos Jornadas Parlamentares do PS, em Setúbal, visando sobretudo a medida dos sociais-democratas em que se propõe uma descida do IVA da eletricidade para consumo doméstico de 23 para 6% a partir de julho.

"O exemplo mais paradigmático e novo é o PSD, que diz que é contra a despesa permanente e estrutural prevista no Orçamento, que diz que o ajustamento estrutural é frágil e está sujeito a riscos externos e que diz que tudo é obra da conjuntura externa, mas que, na segunda-feira, fez uma confirmação. O PSD apresentou dezenas de propostas que ou têm menos receita ou têm mais despesa", acusou.

Segundo Mário Centeno, se o conjunto das propostas do PSD fosse aprovado, "agravaria o défice em 2,2 mil milhões de euros".

"Aumentariam a despesa do Estado em mais ou menos mil milhões de euros e reduziriam a receita em mais ou menos mil milhões de euros", especificou o ministro de Estado e das Finanças.

Mário Centeno referiu-se depois especificamente à proposta social-democrata para a redução do IVA da eletricidade, dizendo que essa medida "consegue bater todos os partidos parlamentares na irresponsabilidade".

"O PSD está numa lógica óbvia de ganho político imediato, sacrificando de forma clara os interesses do país e dos portugueses. O que aconteceu à direita, na verdade, é que foram-lhe caindo todos os dirigentes do glorioso período do para além da 'troika' e agora caiu-lhe de vez a máscara. Hoje não sabemos com que PSD podemos contar", apontou ainda o membro do executivo socialista.

Ainda em relação à proposta de redução do IVA da eletricidade do PSD, Mário Centeno considerou inaceitável que haja quem entende que "uma negociação orçamental seja uma tarde bem passada numa comissão parlamentar qualquer a negociar uma medida que parece que é popular".

"Uma negociação tem em mente sempre um equilíbrio e não é um encontro furtivo. O PSD entregou as propostas mas não as contas. E porquê? As contas do PSD não foram apresentadas porque não são para levar a sério", sustentou o ministro de Estado e das Finanças.

Já do ponto de vista político, Mário Centeno acusou o PSD de apenas ter apresentado as suas propostas de alteração ao Orçamento do Estado só cerca de duas horas antes do fim do prazo na Assembleia da República.

"Nunca estiveram presentes no debate do Orçamento. Apresentaram todas as propostas duas horas antes do prazo limite", reforçou Mário Centeno, considerando mesmo que se está perante um caso de "falta de seriedade no debate parlamentar".

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