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Kobe Bryant, o príncipe da NBA que deu tudo pelo basquetebol

26 jan, 2020 - 21:09 • Carlos Calaveiras

Morreu este domingo aos 41 anos em acidente de helicóptero, na Califórnia. Kobe Bryant, nome de guerra "Black Mamba", é um dos melhores de sempre da modalidade e está no top de vários recordes.

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Há bons jogadores, há grandes jogadores e há as lendas. Kobe Bryant, que morreu este domingo num desastre de helicóptero na Califórnia, entrava nesta última categoria.

Chegou à NBA ainda com 17 anos e durante os 20 anos de carreira, sempre nos LA Lakers, não deixou ninguém indiferente. Kobe tinha tudo: talento, carisma e ética no trabalho.

Despediu-se das quadras de basquetebol em abril de 2016 – já na luta com o corpo e muito tempo passado no ginásio - mas fê-lo – como tinha de ser - em grande estilo: marcou 60 pontos aos Utah Jazz.

Kobe tinha 37 anos e nesse dia escreveu um poema, publicado no site The Players Tribune. Uma carta de amor ao basquetebol que pode ler aqui.

“Nós demos tudo o que tínhamos”, escreveu no poema que foi transformado em curta-metragem merecedora de um Oscar.

Quando se despediu disse que estava “em paz” com a decisão e preparado para seguir em frente. “Não há tristeza”.

“O mais fixe foi a bênção que recebi de outros jogadores, que me disseram ‘Obrigado pela inspiração, obrigado pelas lições, obrigado pela mentalidade’. Estas são as coisas que contam mais para mil, não há nada que ultrapasse isso”.

Conquistou cinco anéis de campeão, foi duas vezes campeão olímpico (em 2008 e 2012) e é um dos sete que ultrapassou os 30 mil pontos na carreira (33.643).

Curiosamente no seu último tweet felicitou LeBron James, que o ultrapassou na lista de melhores marcadores e tem agora 33.655 pontos (no terceiro posto, só atrás de Kareem Abdul-Jabbar, com 38.387, e Karl Malone, com 36.928.

"Continua a levar o jogo para a frente King James. Muito respeito irmão", escreveu.

Apesar de todos os títulos e muitos pontos, o ponto mais alto da carreira foi “ter sido escolhido” para atuar na NBA. “Foi o início de tudo”.

Quando Kobe chegou, o “farol” do campeonato de basquetebol norte-americano era Michael Jordan, mas “Black Mamba”, uma das alcunhas pelas quais ficou conhecido, não se amedrontou e fez o seu caminho vitorioso, tentando chegar ao nível dos melhores.

“Nasci para jogar basquetebol e tive de trabalhar muito para entender o que fazer a seguir. E isso foi muito difícil, mas é o que temos de fazer enquanto atletas”.

Antes de ser lenda no basquetebol viveu e cresceu em Itália e ainda jogou futebol. Foram tempos conturbados para o jovem Kobe – entre os 6 e os 13 anos – onde teve de lutar contra o racismo.

Bryant morreu aos 41 anos, deixa mulher e quatro filhos, mas deixa também o mundo do basquetebol de luto porque morreu um dos melhores de sempre.

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