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CDS

Encerramento do congresso adiado, convidados pendurados

26 jan, 2020 - 14:21 • Eunice Lourenço

Representantes do PS e dos municípios já não voltam a Aveiro para discurso final de Francisco Rodrigues dos Santos.

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A mudança de direção num partido gera sempre alguns desencontros e percalços organizativos. No caso do CDS já está a ter efeitos na organização do próprio congresso e até na relação com os convidados externos, que não tendo sido avisados que o encerramento tinha passado das 13h30 para as 15h00 começaram a chegar ao centro de exposições de Aveiro e foram ficando pendurados.

À entrada não havia ninguém para receber os representantes de partidos, instituições, sindicados e confederações patronais que iam chegando. “Isso já é um problema da nova direção”, respondeu à Renascença um responsável pelos órgãos cessantes.

José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, Manuel Machado, presidente da Associação Nacional do Municípios, chegaram e partiram, sem perspetivas de voltar devido a outros compromissos de agenda. Apesar de ter sido essa a informação fornecida pelo CDS, José Luís Carneiro acabou por voltar e esteve presente no encerramento dos trabalhos.

Carlos Silva, líder da UGT, ainda esperou na rua um bom bocado até decidir ir almoçar. Entretanto, os congressistas também iam saindo porque os trabalhos foram encerrados para almoço. Francisco Calheiros, presidente da Confederação de Turismo, parecia meio perdido sem saber bem o que fazer num átrio onde se cruzavam num aparente sem sentido congressistas em fila para votar, congressistas em ritmo de quem vai almoçar, jornalistas a entrar e a sair.

Vários congressistas assumiam que não voltam depois de almoço. Os filhos em casa, preparar a semana, compromissos familiares ou até religiosos motivam vários a ir embora sem ouvir o discurso final do novo líder. Sobretudo, aqueles que se sentem derrotados com este congresso.

Apoiantes e amigos de Paulo Portas, vários dos que continuaram no partido a trabalhar com Assunção Cristas, assumiam o “fim do portismo” e foram tirando fotos de grupo em sinal de despedida.

A demora na publicação das listas de candidatos aos órgãos demorou o início das votações e tudo teve de ser adiado: a contagem dos votos, a posse dos novos eleitos e o discurso final do novo líder.

Na sala, as bandeiras do CDS enfiadas nas cadeiras esperam o encerramento do congresso que se prolonga assim para a tarde de domingo como tinham defendido congressistas ainda antes dele começar. É a hora CDS, sempre num fuso horário muito próprio.

[notícia atualizada às 17h15]

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