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​Filipe, João e Francisco lutam pela liderança madrugada fora

25 jan, 2020 - 22:04 • Eunice Lourenço, Susana Madureira Martins e Paula Caeiro Varela

Apelos à conciliação entre os três candidatos marcaram última ronda de defesa das moções.

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Sobram três dos cinco candidatos à liderança do CDS. Mas são os três previsíveis. Abel Matos Santos desistiu em favor de Francisco Rodrigues dos Santos, Carlos Meira também desistiu, mas não disse quem apoia. Ao início da noite, Filipe Lobo d’Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e João Almeida foram recolhendo apoio dos subscritores de várias moções.

Nuno Melo e Telmo Correia não levam a sua moção a votos em favor de João Almeida, Miguel Matos Chaves, Pedro Borges de Freitas e a Juventude Popular também retiraram as suas moções de votação, mas com declarações de apoio a Francisco Rodrigues dos Santos.

Depois de alguns momentos de tensão no congresso, com a intervenção de Pires de Lima, a última ronda de discursos de defesa das moções ficou marcada pelos apelos à moderação e à união.

“Sou o único que consegue fazer pontes”, disse Filipe Lobo d’Ávila, depois de dizer que “parece não ser fácil ser moderado neste momento crispado”. O candidato queixou-se de ter sido pressionado a desistir e insistiu em levar a sua moção a votos.

“A escolha é vossa: união ou divisão. Estou pronto a fazer a minha parte com todos”, concluiu Lobo d’Ávila.

Francisco Rodrigues dos Santos também prometeu tentar fazer pontos. O último dos candidatos a discursar – e que tinha sido acusado por Pires de Lima de ter uma lógica tribal – tentou um discurso de conciliação. “O CDS não pode perder a cabeça”, disse este candidato que quer pôr o CDS “mais a escolher do que a obedecer”.

Quanto ao facto de não ser deputado, Francisco Rodrigues dos Santos fez questão de responder diretamente a Nuno Melo: “Vou estar preocupado em fazer o CDS crescer no país para depois crescer na Assembleia da República.”

Também João Almeida fez apelos à tolerância e ao respeito dentro do CDS. “A liberdade é de direita. Temos de ser tolerantes, temos de ter todos o respeito que a esquerda não tem por nós”, afirmou o deputado, defendendo “um CDS que é de toda a gente”.

A votação das moções é feita por voto secreto em urna e começa às 23h00. Decorre até meia hora depois do último discurso, o que a mesa do congresso tem apontado para as 02h30 da madrugada.

Depois de conhecido o resultado das moções, devem ser entregues as candidaturas aos órgãos do partido, que serão votadas domingo de manhã. No fundo, a votação das moções funciona como uma primeira volta e será indicativa de quem vai dominar a direção do CDS.

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