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​VISTO DE BRUXELAS

Europa quer mesmo avançar com o “Green Deal”

16 jan, 2020 - 14:29 • Pedro Caeiro e Vasco Gandra

A Europa está dividida quanto à forma como vai conseguir cumprir a meta imposta pela nova presidente da Comissão Europeia. O uso de dinheiros das políticas de coesão para compensar os países “não é justo”, dizem muitos eurodeputados.

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Visto de Bruxelas (16/01/2020)

O Fundo para uma Transição Justa deverá atingir 7,5 mil milhões de euros. Integra um mecanismo mais amplo suposto alavancar até 100 mil milhões de investimento público e privado - para ajudar a Europa a alcançar a neutralidade climática.

O objectivo do Fundo é apoiar as regiões europeias muito dependentes dos combustíveis fósseis e de indústrias poluidoras a fazer a transição para uma economia mais amiga do ambiente.

A Comissão apresentou as suas propostas no plenário de Estrasburgo. Recebeu o apoio dos principais grupos políticos. Mas o facto de estes financiamentos envolverem também dinheiro dos fundos de coesão suscita algumas dúvidas a vários eurodeputados. É o caso de José Manuel Fernandes, do PSD, que apoia o fundo mas diz que a política de coesão não deve ser desvirtuada. Receios idênticos tem o eurodeputado José Gusmão, do Bloco de Esquerda. Já Margarida Marques, do PS, lembra que há países mais avançados em termos de energias limpas, não devendo ser prejudicados por isso.

O Fundo europeu para a Transição implica investimentos massivos para ajudar regiões por exemplo dependentes do carvão. Muitas das minas e centrais a carvão estão situadas no centro e leste da Europa, o que faz com que Polónia, Alemanha e Roménia sejam três dos principais beneficiários. Portugal deverá ter acesso a cerca de 1% do total deste fundo, ou seja, cerca de 79 milhões de euros, segundo a chave de repartição da Comissão Europeia.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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