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Coronavírus. China aumenta para 571 número de pessoas infetadas

23 jan, 2020 - 07:33 • Redação com Lusa

Nova estirpe já provocou 17 mortos. Fora da China há casos confirmados em Macau, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Tailândia e EUA.

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As autoridades de saúde da China aumentaram para 571 o número de pessoas infetadas com o novo tipo de coronavírus, que já causou 17 mortes, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Na quarta-feira, as autoridades tinham registado 131 novos casos.

Até ao momento, os serviços de saúde chineses acompanham 5.897 pessoas que mantiveram contato próximo com pacientes infectados e, dessas, 4.928 estão em observação.

A Comissão Nacional de Saúde da China tinha já alertado que este novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, "pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente". O período de incubação do vírus pode estender-se até 14 dias.

Fora da China continental, foram confirmados casos da doença em Macau, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Tailândia e Estados Unidos.

Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital da província central de Hubei, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.

Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais.

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Entretanto, Macau cancelou as celebrações do ano novo chinês devido ao coronavírus. Uma decisão tomada no dia em que foi identificado um segundo caso no território.

Em Roma, o aeroporto de Fiumicino já começou a isolar os passageiros provenientes da cidade chinesa de Wuhan.

Comité de Emergência da OMS volta a reunir-se

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) volta a reunir-se em Genebra, na Suíça, para decidir se declara emergência de saúde pública internacional o surto de um novo coronavírus na China.

Formado por especialistas de diversos países, incluindo epidemiologistas chineses, o Comité de Emergência da OMS reuniu-se na quarta-feira sem chegar a um consenso sobre a matéria.

A emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas preventivas a nível mundial e foi declarada para as epidemias da gripe H1N1, em 2009, dos vírus Zika, em 2016, Ébola, que atingiu uma parte da África Ocidental, de 2014 a 2016, e a República Democrática do Congo, desde 2018, e pólio, em 2014.

Portugal já fez acionar os dispositivos de saúde pública devido ao coronavírus proveniente da China e tem em alerta o Hospital de São João, no Porto, o Curry Cabral e Estefânia, em Lisboa, disse na quarta-feira a diretora-geral de Saúde (DGS). Foram ativados os protocolos estabelecidos para situações do género, reforçando no Serviço Nacional de Saúde a linha Saúde 24, através do número 800242424, e a linha de apoio médico, para triagem e evitar que em caso de eventual contágio as pessoas não encham os centros de saúde e as urgências dos hospitais.

Estes casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

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