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Cientistas descobrem célula no corpo humano que pode curar o cancro

21 jan, 2020 - 12:15 • Redação com agências

Uma das grandes mais valias deste tratamento, desenvolvido pela Universidade de Cardiff, é permitir curar todas as pessoas, independentemente do tipo de cancro.

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Investigadores da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, descobriram um método inovador, que pode curar vários tipos de cancro, através de uma célula que todas as pessoas têm no seu sangue.

Esta descoberta, publicada na revista científica Nature Immunology, ainda não foi testada em pacientes, mas os cientistas estão muito confiantes no sucesso deste novo tratamento, apesar de ressalvarem que a investigação está numa fase inicial.

A equipa chegou a este novo método ao procurar maneiras não convencionais de o sistema imunitário atacar tumores cancerígenos e não apenas infeções, tendo descoberto que tal é possível através da “T-Cell”, uma célula “inteligente” que consegue examinar o corpo humano e atacar apenas o que precisa de ser eliminado.

Estas células já eram utilizadas na imunoterapia – que também atua através da estimulação do sistema imunitário – e que tem obtido resultados muito satisfatórios, embora com algumas limitações.

As grandes mais valias desta descoberta, efetuada pela equipa de Cardiff, é a universalidade de cura, ou seja, o facto de ser possível curar quase todos os cancros de todas as pessoas e também a capacidade de seleção da célula, que não ataca os tecidos saudáveis, mas apenas os infetados.

Em entrevista à Renascença, Maria José Oliveira, investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), considera que, com esta descoberta, o mundo está mais perto de resolver a maioria dos casos de cancro.

Para Maria José Oliveira, “esta descoberta abre portas para uma nova terapia de células imunes, contra tumores”, e “pode trazer avanços consideráveis”, mas ainda vai ser preciso esperar alguns anos até a solução possa ser aplicada a doentes.

[notícia atualizada às 20h50]

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