Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

EUA mantêm tarifas às importações da China

15 jan, 2020 - 00:20 • Redação com Lusa

O anúncio de que o Governo de Donald Trump vai manter as tarifas sobre as importações chinesas acontece na véspera da assinatura de um acordo comercial entre Washington e Pequim.

A+ / A-

Os Estados Unidos vão manter as tarifas às importações chinesas até que a segunda fase do acordo comercial entre os dois países esteja fechada, disse esta terça-feira o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

“As tarifas continuam em vigor até haver a Fase 2. Se os presidentes acertarem a Fase 2 rapidamente, ele [Donald Trump] vai considerar libertar as tarifas no âmbito da Fase 2”, explicou o responsável norte-americano.

Os Estados Unidos vão, assim, manter as tarifas sobre as importações da China já em curso, não estando previsto um acordo com Pequim relativamente a uma "redução nos custos aduaneiros".

"Não há acordo sobre uma futura redução nos direitos aduaneiros. Qualquer boato que afirme o contrário é completamente falso", afirmam, em comunicado conjunto, o Departamento do Tesouro e o Gabinete do Departamento do Comércio dos Estados Unidos.

O anúncio de que o Governo de Donald Trump vai manter as tarifas sobre as importações chinesas acontece na véspera da assinatura de um acordo comercial entre Washington e Pequim.

A "fase um" do acordo comercial que será assinada entre os EUA e a China, na quarta-feira, estava a ser negociada há vários meses e determina o início de reformas nas práticas chinesas de transferência de tecnologias e uma expansão nas compras de produtos agrícolas entre os dois países.

Na quarta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinam um compromisso através do qual a China se compromete a comprar cerca de 200 mil milhões de euros em exportações norte-americanas, que incluem bens agrícolas, mas também produtos e serviços energéticos.

O representante norte-americano do Departamento do Comércio, Robert Lighthizer, referiu-se a este acordo parcial como "um tremendo passo em frente" nas relações comerciais entre os dois países, dizendo tratar-se de um "mesmo muito bom negócio" para os Estados Unidos, em declarações a uma estação televisiva norte-americana.

O secretário do Comércio dos EUA, Steven Mnuchin, disse estar confiante em que as "questões técnicas mais complexas estão praticamente resolvidas", acreditando que as futuras negociações para novas fases do acordo comercial serão "substancialmente mais fáceis".

O Governo chinês também já comentou este acordo, mostrando-se otimista relativamente ao desenvolvimento das negociações comerciais entre os dois países, dizendo acreditar que será encontrada uma solução definitiva para um conflito que dura há mais de um ano e meio.

O Presidente dos EUA considera que a China é o país mais prejudicado com esta guerra comercial e tem afirmado que as tarifas retaliatórias provocaram muitos danos na economia chinesa, obrigando o Governo de Pequim a fazer cedências.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+